Por DuduNews
Novo Hamburgo amanheceu triste. Surpresa. Com o pensamento lamentando a morte de um de seus cidadãos, que perdeu a vida de forma trágica.
Antônio Claudemir Weck, 58 anos. Esposa, filhas. Uma carreira intensa e de muito sucesso. Uma legião de amigos e conhecidos. Pronto para a construção de uma nova vida política, para um novo passo na sua vida. Mas, em poucos minutos, tudo mudou.
A trágica soltura da roda de um ônibus atingiu em cheio sua camionete, que acabou sendo arremessada para fora da pista. Em segundos, Antônio, que voltava de mais um das centenas de compromissos que realizou no último mês, oficializava a sua última atividade, em uma forma triste e com o maior sentimento de que o seu destino deveria ser a continuação da sua vida e de sua construção.
E, sim, muitos se perguntam: isso é justo? A pequena descrição de Weck já mostra que não. O candidato não era mais um, mas sim pleiteava a mudança que impacta em nossas vidas. Isso se explica, em um dom que tinha: a palavra, e em todos os seus sentidos. Era um homem que sabia se expressar, sabia ouvir, sabia prometer, e sabia cumprir. Era um verdadeiro homem de palavra. Em jantares, em momentos de conversar a só, Weck sempre demonstrou isso: queria construir uma carreira brilhante não para si, mas para as pessoas dentro da carreira que estava iniciando.
Sua carreira de sucesso, advogando para gigantes marcas do país, não o impediu de querer melhorar sua comunidade e onde habitava. As ideias que Weck tinha e construiu podem ser iguais ou diferentes da sua; mas isso não impede a nossa maior valorização e homenagem a pessoa que ele foi, que tinha um propósito que todos nós temos: viver em um lugar melhor. Inclusive, nesta segunda-feira, quando o encontrei e tomamos um breve café juntos, para botar o papo em dia. Weck me disse palavras que deixaram meu dia mais feliz.
Quando deixa esse plano, muitos também perguntam a si mesmos: a vida é hoje? Sim, ela é hoje. E, essa lição precisamos levar: vamos tornar um lugar melhor para se viver vivendo o hoje, como o amigo que nos deixa hoje, sempre tentou fazer.
Perdemos um entusiasmado, perdemos uma mente pensante que queria ajudar na construção de uma casa melhor para todos nós. Afinal, nosso país, estado e a nossa Novo Hamburgo são nossas casas.
O velório será na capela ecumênica do Jardim da Memória, mas sem horário informado ainda. O velório deve começar somente amanhã.
Quarta-feira, 24 de agosto.