Público pequeno e calado foi a marca da sessão que culminou na aprovação de mais gasto de dinheiro público
Desta vez, foi bem diferente da última contratação de assessores. Em 2001, projeto semelhante foi analisado e aprovado pela Câmara de Vereadores. Porém, naquela oportunidade, houve uma movimentação maior da comunidade contrária à proposta.
Na época, um abaixo-assinado foi liderado por entidades de classe da cidade para que os vereadores não aprovassem o gasto extra mensal de R$ 42 mil reais. Mesmo com a adesão de centenas de hamburguenses ao protesto, o projeto foi aprovado.
Desta vez, chamou a atenção a passividade frente à ameaça de novos gastos. Dentre os vereadores, o único a fazer uso da palavra antes da votação foi Ralfe Cardoso (PSOL). O parlamentar lamentou o fato de o projeto ser votado às pressas por causa da “folia de Carnaval”.
Depois de o projeto ser aprovado por 7×6, Ralfe disse que a rejeição serviria como um exemplo moral da Câmara aos governos estadual e federal. O vereador também surpreendeu ao pedir para que o prefeito Jair Foscarini vete a proposta (para a contratação de assessores virar lei, é preciso que o projeto seja sancionado por Jair).
A única surpresa da sessão foi a mudança de voto do vereador Cleonir Bassani (PSDB), que na terça-feira havia sido favorável ao projeto, mas desta vez o condenou.
O público presente igualmente se manteve passivo diante das decisões dos vereadores. Apenas um pequeno grupo chegou a vaiar o vereador Ito Luciano e aplaudir Ralfe Cardoso em suas manifestações.