A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou, nesta sexta-feira, dia 23, o pagamento de R$ 425,96 milhões à empresa Fraport, empresa privada concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O valor será destinado à reconstrução do aeroporto, severamente danificado pela inundação causada na catástrofe climática de maio no Rio Grande do Sul. A medida, cautelar, ainda depende da anuência do Ministério de Portos e Aeroportos.
Responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no estado, o Salgado Filho permaneceu integralmente fechado entre 3 de maio, quando as águas alagaram as pistas de pouso e decolagem e o terminal de passageiros, até meados de julho, quando os embarques e desembarques foram retomados. Ainda assim os aviões continuam pousando e decolando da Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros de distância.
Empresa relata prejuízo
A Fraport afirma que, com a interrupção das atividades e necessidade de reparar os estragos das cheias, sofreu um impacto financeiro significativo. A estimativa é que só a reconstrução do Salgado Filho exija algo em torno de R$ 1 bilhão. Diante disso, a concessionária pediu ao Governo Federal a revisão extraordinária do contrato de concessão de infraestrutura aeroportuária. A “concessão de reequilíbrio cautelar”, segundo a empresa, é fundamental para garantir a retomada das atividades o mais rápido possível.
“A concessionária também pede que sejam cobertos custos extrardinários ainda não conhecidos”, esclareceu o diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Sousa Pereira. Segundo ele, dos R$ 425,96 milhões, R$ 362,22 milhões deverão ser alocados no início das obras de reconstrução do Aeroporto Salgado Filho, e cerca de R$ 63,94 para a manutenção das atividades aeroportuárias enquanto os trabalhos não forem concluídos.