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Cotidiano

AMOR POR TODA A VIDA – Crônica de Alceu Mário Feijó Filho

Stephany SanderPor Stephany Sander5 de abril de 2022Atualizado:5 de abril de 20229 Mins Leitura
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**Alceu Feijó nasceu junto com Novo Hamburgo e aqui viveu por quase toda a  vida. Nos deixou aos 94 anos de idade, seis dias após dois pequenos olhos azuis, se fecharem eternamente, o de sua companheira Ieda… este texto é uma homenagem a Feijó e a este município tão querido por ele.

 

Era madrugada alta, o frio intenso da Serra Gaúcha, não amainava o calor febril, que queimava o coração do Coronel Darci. Havia participado de muitas batalhas, onde em lombo de cavalo e espada na mão, era admirado por sua liderança e coragem desmedida.

Mas naquela madrugada, o medo se espraiava lentamente em sua alma, pois sua Stela se retorcia em dores abdominais, prenuncio da chegada de mais ente na família.

Medo, era um sentimento raro que causava desconforto em sua alma, mas nos momentos de perigo a seus amados, se tornava  incontrolável.

A angustia lhe apunhalava o coração, a cada gemido da Stela, no quarto ao lado e mais se intensificava, quando nos momentos de silencio.

Então, surgiu o choro da pequena criatura. Chorava raivosamente em protesto a súbita mudança de ambiente. Do calor aconchegante do ventre da mãe, para aquela incomoda sensação nunca  sentida, que fazia seus pequenos lábios, tremerem descontroladamente.

Ele protestava em gritos cada vez mais intensos, fazendo o jovem Doutor Atanásio, recém formado em medicina, falar à alegre e chorosa mãe…

– Dona Estela, esse guri vai ser gaúcho de grande caracter e personalidade, olha como reclama e protesta pelo frio…

Neste instante, o Coronel Darci irrompeu no quarto, com os olhos marejados, não podendo conter as lagrimas que lhe escorriam pela face, umedecendo a  barba cerrada e abraçando sua amada, choraram os dois copiosamente.

Após recompor sua postura, de marido apaixonado e chorão, para novamente o  sizudo Coronel Darci,  fungando encarou o doutor Atanásio, lhe agradeceu e lhe informou….

– Doutor Atanásio, me desculpe lhe tirar da cama no avançado da hora, mais saiba que este gesto lhe concede meu agradecimento e amizade por todo o tempo, independente de bandeiras politicas. E amanhã, passo na sua casa para acertar o pagamento do serviço…

 O jovem medico, sabedor da importância daquelas sinceras oferendas, lhe respondeu…

– Nada coronel Darci, esses momentos fazem parte de nosso trabalho e juramento. Aliviar dores e salvar vida, com nossos conhecimentos… à proposito Coronel, já tens o nome do recém nascido…

 – Sim doutor Atanásio, seu nome será ALCEU…

  ALCEU MARIO FEIJO…

 Naquela mesma noite, distante da pequena e fria São Francisco de Paula, em terras com temperaturas mais amenas, ainda se comemorava a recém emancipação do povoado, ocorrido no ultimo dia 5  de abril.

Ex Distrito de São Leopoldo, a jovem Novo Hamburgo surgia tão dinâmica e robusta economicamente, quase superando sua ex sede mãe.

Muitos litigios e desentendimentos pautaram esse desmembramento, sentimentos que permaneceriam vivos por muitas e muitas décadas….

Enquanto ao norte do Rio do Sinos, festas e comemorações da emancipação ainda entravam noite a dentro, ao sul do mesmo rio, amargos ressentimentos, tiravam o sono de seus munícipes, naquela madrugada de 14 de junho de 1927.

A família do coronel, percorreu vários destinos no estado, nos anos que se passaram. Até que surgiu  uma boa oportunidade de sociedade com o senhor Eugênio Ledur, que com a ajuda de seus filhos, eram proprietários de um pequeno matadouro no bairro Canudos que fornecia carne para toda a comunidade de Hamburgo velho.

A ideia, era utilizarem o conhecimento e amizade do Coronel Darci com produtores de  cima da serra e estes, fornecerem o gado para o abate, incrementando as vendas para a demanda cada vez maior, que o novo município necessitava. Assim, a família partiu de mala e cuia, para sua nova morada na Novo Hamburgo que crescia a olhos vistos.

Após desembarcarem do trem, o jovem Alceu parado na pequena estação de HAMBURG BERG, ficou admirando a paisagem em volta, lhe mostrando algo diferente do que havia conhecido até então.

Tudo era bonito e bem organizado. As moças eram alegres com seus cabelos loiros trançados. Olhavam para ele com olhares sutis que faziam aflorar emoções enrustidas pelos tempos rudes, vividos nos campos de cima da serra.

Esses olhares, sempre despertavam sensações que afloravam nas frias madrugadas, sob as grossas cobertas de penas de ganso, únicas capazes de frear o frio cortante dos duros invernos e serviam também, como esconderijo aos necessários  movimentos de alivio, àquelas  inexplicáveis sensações que surgiam na calada da noite.

Parado ali ao lado da estação, o jovem Alceu se determinou e disse ao pai…

–  que lugar lindo. vou morar aqui pro resto da vida, nunca mais saio daqui…

 O Coronel percebeu naquele instante, o quanto de dificuldades e sofrimento havia imposto aos seus, em suas andanças pelo mundo, sempre atrás da próxima revolução que surgia.

Entendeu o sentimento do rapaz, e ainda com as palavras do dr Atanasio na lembrança, percebeu que não adiantaria contrariar aquele guri, pois ele era um gauchinho de muita personalidade…

Dito e feito, subiram a pé pela baita lomba que ligava a estação até o pequeno  povoado de Hamburgo Velho

Iriam se hospedar no luxuoso hotel Esplendido do senhor Jacob Kroeff, próximo ao matadouro do senhor Ledur. Quanto mais avançava pelas ruas do lugar, mais coisas lindas e diferentes faziam seus olhos brilharem e cada vez mais, seu coração fincava raízes no desejo de ali permanecer.

Acostumado a morarem em galpões de fazendas e olarias, as luxuosas acomodações do  Hotel lhe impressionaram. A maciez das camas, a limpeza do local e a brancura dos lençóis e fronhas, eram coisas nunca visto antes. Após se acomodarem, jantaram uma comida muito deliciosa e farta, com variedades desconhecidas por ele.

Purê de batata, batata frita, batata cozida. Carnes de galinha e porco, massas e saladas, arroz, feijão, tudo preparado com esmero e capricho. Após se empanturrar com a deliciosa comida, onde experimentou tudo que foi servido, lembrou que até então, de onde vinham, suas dietas eram baseadas em arroz, feijão e um pedaço de carne de panela e de sobremesa, coalhada com açúcar preto. O que aliás apreciava muito, mas sem comparação com aquilo.

Ao deitar, ficou longos momentos pensando naquile novo momento. Naquelas pessoas bonitas, com sua forma estranha de falar, que apesar de não entender nada, achava muito bonito.

Antes de pregar os olhos, lembrou que na bifurcação que a estrada fazia, onde  tomaram o caminho à esquerda em direção ao Hotel, havia uma estrutura parecida com uma ponte e se aquilo realmente fosse uma ponte, embaixo deveria passar um rio, seu futuro local para banhos, pescarias e outras molecagens…pensou então antes de pregar o olho…

–amanhã cedo vou lá ver esse rio…

No outro dia cedo, levantou e antes de sair, foi chamado por sua mãe a sentar na mesa do hotel para o café da manhã. Acostumado na Serra, com uma xicara de Camargo, café preto e leite tirado na hora da teta da vaca, se impressionou novamente com a variedade de coisas boas postas na mesa.  Delicias desconhecidas com nomes estranhos. Schmier, Kasschmier, morcilha branca, morcilha preta, salame, queijo e vários tipos de pães e também,  a maravilhosa cuca.

Cada surpresa destas,  mais o convencia que aquele era seu lugar para viver.

Após mais esta farta refeição, resolveu ir conhecer o rio de sua  imaginação. A dita ponte, se encontrava a uns duzentos metros do hotel e lentamente seguiu caminhando. apreciava cada detalhe dos prédios e das pessoas que apressadamente passavam por ele, rumo a seus trabalhos.

Num dos prédios, na mesma calçada do hotel, percebeu um senhor com uma enorme chave na mão, abrindo a porta de um prédio com uma placa lhe identificando como, CAMISARIA DE  MARTIN THOEN.

Percebeu que junto a ele, uma menina loira, que longe do olhar do pai, lhe observava furtivamente.

Cumprimentou cordialmente aquele senhor e seguiu seu caminho até o misterioso rio de sua imaginação. Não sem antes, olhar para trás e cruzar novamente, seu olhar com o da filha do camiseiro.

Uma gostosa sensação lhe aqueceu a alma, ao perceber que aquele não foi um simples e curioso olhar, algo mais se escondia atrás daqueles lindos olhos azuis.

Ao chegar naquilo que lhe parecia uma ponte, teve uma decepção, não havia rio  nenhum lá embaixo. Havia uma longa escadaria que possibilitava as pessoas acessarem a rua debaixo.

Aquilo lhe impressionou, uma ponte que não era ponte, pois não tinha rio por baixo, mas um enorme muro de contenção ao barranco ali existente. Ficou então, ali debruçado por um longo tempo. Olhando e admirando a arquitetura do local, em todos seus detalhes.

Observava as pessoas, todas cordiais que lhe cumprimentavam mesmo sem conhecê-lo, onde na maioria das vezes não entendia o que diziam, mas de forma sempre irônica, lhes respondia alegremente.

Perdeu então o interesse pelo rio que não existia e seguiu caminhando pela rua central do povoado, explorando cada detalhe do que lhe vinha aos olhos.

A linda igreja evangélica, religião que nunca havia ouvido falar, com seu enorme relógio, lhe indicava que a manhã já havia passado rápido, pois em seus devaneios, não havia visto o tempo passar.

O relógio marcava 11 horas, bem de acordo com  suas manifestações estomacais, que lhe fez lembrar, estar chegando a hora do almoço delicioso do Hotel Esplendido.

Havia uma pequena ruela ao lado direito da igreja, que lhe encurtaria o caminho até o hotel, mas preferiu retornar por onde veio, pois por esse caminho, lhe levaria a cruzar pela camisaria do simpático senhor, onde quem sabe, fosse contemplado com outro longo e furtivo olhar.

Na verdade, durante toda a manhã seus pensamentos se mesclavam entre a beleza do lugar, a comida do hotel e… aquele olhar.

Ao dobrar á direita, acessando à rua do hotel na esquina do bar  Maracanã, distraído  levou um susto ao quase esbarrar com o camiseiro e sua filha, que retornavam para o almoço. Pediu desculpas ao nobre senhor e ao encarar  sua filha, se deparou com o sorriso mais lindo jamais visto.

Ficou parado, olhando eles seguirem seu caminho e antes de desaparecerem na esquina do bar, recebeu outro furtivo olhar, com o mesmo lindo sorriso.

Até aquele momento, este lugar havia ganho seu estomago por sua culinária, seus olhos pela beleza de sua arquitetura, seus ouvidos pela estranha linguagem e agora seu coração, por aquele sorriso de olhos azuis.

E assim, naquela manhã, na esquina do bar MARACANÃ, Novo Hamburgo ganhou um de seus mais ilustres filhos, que ao longo de sete décadas, divulgou ao Brasil e ao mundo, o trabalho e o desenvolvimento dessa terra briosa e obreira, pelas lentes de sua maquina fotográfica e pela sensibilidade de sua escrita

Imagem: Divulgação

 

 

 

Cultura feijó novohamburgo Patrimônio
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Stephany Sander

Jornalista apaixonada pelo Vale do Sinos e suas histórias. Formada pela Feevale em 2009, trabalhei em veículos como Correio do Povo (10 anos), Rádio Guaíba, Band News e Grupo Sinos. Atualmente sou apresentadora e coordenadora na Rádio União FM, além de ser colaboradora deste portal.

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