Como a própria definição diz, estratégia é o ato de coordenar ações para alcançar os melhores resultados. Em campanhas políticas, cada vez mais equipes são estruturadas com o objetivo de conduzir os passos dos candidatos. Tem estudo, pesquisa, marketing, montagem de equipe.
Com isso se define jingle, slogan, cores da candidatura, imagem daqueles que serão submetidos às urnas. Para, então, o material ir para a rua. Na hora certa, de cada coordenação.
Nas duas primeiras semanas de campanha com vistas ao pleito do da 6 de outubro, o que se vê ainda é uma movimentação acanhada. Alguns carros, de candidatos ou pessoas muito próximas, com os famosos perfurites. Os winbanners, ou bandeiras de vento, tomaram conta das principais esquinas do centro e eventualmente são vistas em frente a algumas casas.
Mas qual é a hora certa de colocar o bloco na rua? Começar agora, se apresentar, fixar o nome e o número, ficar na mente do eleitor e subir na intenção de votos? Mas e se faltar gás (no caso, recursos ou mobilização da base), como vai chegar no dia 6 de outubro?
Bueno, a coordenação resolveu esperar um pouco. Segura recursos, trabalha a imagem da candidatura, estuda ainda mais o cenário e larga na segunda ou terceira fila do grid. Será que vai ter tempo de buscar. O gás final vai ser suficiente para, se estiver atrás na intenção de votos, inverter o jogo?
Minha gente, como é estratégica essa coisa chamada de eleição. Como isso mexe com quem gosta de eleição. Isso enriquece a nossa democracia, torna os pleitos mais interessantes.
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Quem mais oferecer, leva
Essa aconteceu na convenção de um partido em Novo Hamburgo. A sigla ao tinha definido quem apoiar na corrida pela Prefeitura, quando o principal líder – e não é o presidente – assumiu o microfone e bradou: “Nós vamos apoiar aquele que oferecer mais cargos.” O encontro foi concluído com a indicação de vice-prefeito em chapa majoritária.
Corre, corre para não perder vagas
Outro partido teve que correr atrás de três mulheres filiadas para inscrevê-las como candidatas à Câmara de Vereadores. Como a legislação exige um número mínimo de 30% para um dos gêneros na nominada, ou era feita a substituição, ou a lista masculina teria que ser encolhida. E três filiadas acabaram aceitando o desafio. Resta ficar atento com a votação delas no dia 6 de outubro.