O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a conquistar essa categoria. A premiação aconteceu na noite deste domingo (2), e foi entregue pela atriz espanhola Penélope Cruz.
Inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” retrata a trajetória de Eunice Paiva, advogada e ativista que passou 40 anos buscando respostas sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, morto durante a ditadura militar. No filme, Eunice é interpretada por Fernanda Torres, com Fernanda Montenegro também dando vida à personagem em outra fase da história. Selton Mello interpreta Rubens Paiva.
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Em seu discurso, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva e às atrizes que a interpretaram. “Esse filme vai para uma mulher que, após uma perda enorme por um regime autoritário, decidiu não se render: Eunice Paiva. E também para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse o diretor, que também agradeceu aos executivos da Sony Pictures Classic, produtora internacional do longa.
O Brasil já havia sido indicado outras vezes ao Oscar de Melhor Filme Internacional, com títulos como “O Pagador de Promessas” (1963), “O Quatrilho” (1996), “O Que É Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999), mas nunca havia vencido. Em 1960, “Orfeu Negro”, falado em português e rodado no Brasil, recebeu a estatueta, mas a vitória foi creditada à França, país do diretor Marcel Camus.
A conquista de “Ainda Estou Aqui” é um marco para o cinema nacional e deve impulsionar a presença de produções brasileiras em festivais internacionais, plataformas de streaming e no mercado cinematográfico global.
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