Entidade diz que associados produzem couro com valor agregado e precisam cada vez de mais apoio e liberação ágil de créditos retidos pelo governo, para poder continuar gerando empregos no RS
Segundo a Assessoria de comunicação da Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul – AICSul, o presidente da entidade, Francisco Gomes acredita que a valorização do real afeta o setor coureiro. Conforme a direção da entidade, o perfil exportador do setor coureiro gaúcho fez com que este sentisse fortemente a apreciação do real. Além disto, amarga em torno de R$ 85 milhões de créditos de ICMS resultantes das exportações que estão retidos pelo Governo do Estado.
O cenário fez com que as indústrias de couro gaúchas perdessem espaço na comparação com outras unidades brasileiras. Perdeu a hegemonia das vendas externas para São Paulo. Nos dois primeiros meses do ano, o Rio Grande do Sul respondeu por 15,6% dos couros exportados pelo Brasil, enquanto de São Paulo saíram 28,2% dos couros que deixaram o país. Em termos monetários os gaúchos totalizaram 25% do faturamento com exportações, enquanto os paulistas chegaram a 34,9%.
As exportações gaúchas de couro nos dois primeiros meses de 2008 apresentaram queda de 24% na comparação com o mesmo período do ano passado. Felizmente, em razão da agregação cada vez maior de valor ao couro processado no Estado, resultado de muito investimento tecnológico, permitiu que o faturamento apresentasse 8% de crescimento.
O principal cliente das indústrias do couro do Rio Grande do Sul é a China, que recebe 33,2% do exportado. O segundo maior cliente é a Itália, com 17,9% dos embarques, seguida dos Estados Unidos, com 11,3%.