Com cerca de 80% da capacidade operacional, o Aeroporto Salgado Filho, principal hub do transporte aéreo da Região Sul, retoma a operação de voos na próxima segunda-feira, dia 21. A solenidade que marca a reabertura das atividades foi realizada na manhã de sexta-feira, 18, pelos ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Comunicação Social, Paulo Pimenta. A retomada dos serviços acontece após mais de 160 dias desde que o estado atravessou um dos piores eventos climáticos registrados nas últimas décadas. O primeiro voo deve pousar no aeroporto por volta das 8h da manhã e tem como origem o terminal de Viracopos.
No primeiro dia de operação, entre pousos e decolagens, serão 71 voos, com a previsão de movimentação de 9 mil passageiros. O número de pessoas transportadas corresponde ao dobro do total operado diariamente na Base Aérea de Canoas, terminal militar aberto de forma emergencial que garantiu a chegada e saída de pessoas durante o período de fechamento do maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Rio Grande do Sul.
Os primeiros voos chegarão dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além de Brasília. Até o final do mês, estão previstos ainda voos para Belo Horizonte e Curitiba. Já no próximo mês, a expectativa é que o terminal passe a operar mais de 122 voos diários, transportando cerca de 16 mil viajantes. A retomada dos voos será realizada de forma gradual e cumprirá todos os critérios internacionais de segurança. Durante a primeira fase, as aeronaves utilizarão 1.730 metros de pista, o que torna o terminal apto a receber voos do mercado nacional. A fase seguinte ocorrerá após a conclusão do reparo de 1.400 metros da pista de pouso e decolagem, prevista para o mês de dezembro. Até lá, o terminal funcionará entre 8h e 22h.
Retomada do turismo e a expansão comercial
Principal modal de transporte para os turistas que visitam o Rio Grande do Sul, a aviação civil comercial é um vetor fundamental de desenvolvimento econômico do estado. Com a reabertura do Salgado Filho, a procura por voos e a ocupação de hotéis nas cidades gaúchas devem dobrar. A previsão é que o setor de turismo passe a operar em sua capacidade máxima até o final do primeiro trimestre de 2025.