ACI alertou empresários e lojistas na feira paulista sobre os prejuízos das cópias falsificadas
A Francal, feira calçadista encerrada nesta sexta-feira, em São Paulo, foi palco de um importante alerta feito pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI), de Novo Hamburgo: a necessidade de combate a pirataria.
A exposição “A Face da Pirataria”, localizada junto ao espaço Francal Cidadania, chamou a atenção de lojistas, fabricantes e empresários do setor, que ficam impressionados com a quantidade e a ousadia das amostras apresentadas.
Até mesmo alguns dos mais recentes lançamentos das grandes indústrias já foram copiados, causando grandes prejuízos não só para as empresas afetadas diretamente, mas para toda a economia brasileira.
A ACI alerta que a pirataria também traz custos adicionais e a necessidade de novos lançamentos dentro de um menor período de tempo, sem falar nos danos à saúde que um produto sem qualidade pode causar.
“Precisamos estar muito atentos ao problema, primar pela ética empresarial e levar sempre em consideração que as empresas investem em pesquisas, marcas, tecnologias, marketing, campanhas e correm sérios riscos devido a pirataria, que atua num submundo, que não tem empregos legalizados e que não recolhe tributos”, reforça a presidente da ACI, Fátima Daudt.
Junto à exposição “A Face da Pirataria” a ACI distribuiu um pequeno folheto com algumas dicas básicas de como se proteger com relação ao problema. Entre as dicas, está a necessidade de registrar sempre a marca da empresa, bem como, as respectivas sub-marcas, selecionar com muito cuidado as empresas fornecedoras de componentes, não fornecer o produto original aos lojistas que vendem pirataria.
Há ainda a indicação de que a pirataria deve ser denunciada sempre junto à autoridade policial competente, além de processar a empresa pirata pelos danos.
Bons negócios na feira
A entidade também coordenou o estande coletivo das empresas gaúchas que participam da exposição, graças a uma parceria com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai) e Sebrae/RS.
Ao longo dos quatro dias foram fechados 517 negócios e encaminhados outros 699, além de 1.774 contatos com compradores. Além de vender para praticamente todos os estados brasileiros, os gaúchos ainda fecharam negócios com o mercado externo. Países como Bolívia, Chile, Equador, Filipinas, Inglaterra, Israel, Panamá, Paraguai, Suíça, Turquia e Uruguai encaminharam pedidos para os calçados fabricados no Rio Grande do Sul.
“O resultado da nossa participação na feira foi muito positivo. O mercado interno está aquecido e as empresas que participaram do estande coletivo venderam muito bem. Tive oportunidade de conversar com todos os expositores e a opinião deles foi unânime de que os negócios estiveram bons. Mas também pudemos constatar que, de uma maneira geral, existe uma reclamação muito grande quanto aos tributos. É necessária uma desoneração do setor”, avalia Fatima Daudt.