A Brashoes está preparando um museu onde ficará o acervo do fundador da Azaléia, além de mais de 250 máquinas de produção de calçados antigas
O acervo pessoal do fundador e ex-presidente da Calçados Azaléia, Nestor de Paula, falecido há três anos, será instalado em um museu junto à sede da Brashoes, Novo Hamburgo, segundo protocolo de intenções assinado ontem, quarta-feira, dia 26, por Diva de Paula e a Brashoes.
O espaço será de 800m², onde serão dispostos documentos, discursos, fotos, troféus, entre outros objetos que foram de uso e marcaram a carreira profissional do empresário. O local que ainda está sendo preparado, também irá expor mais de 250 máquinas antigas para produção de calçados, doadas pela 3R do Brasil. Entre as máquinas está uma prensa hidráulica Singer de 1929.
A inauguração do museu deve ocorrer em 2009, e o projeto também prevê visitas monitoradas de profissionais do setor calçadista e público em geral, além da criação de uma curadororia e um website.
“O objetivo é resgatar a evolução tecnológica da indústria calçadista no Vale do Sinos e a história do homem que criou uma das maiores empresas do setor”, destaca o diretor-presidente da Brashoes, Gerson Sparrenberger. “São materiais que pertencem à família, mas também interessam à comunidade”, completa o diretor de relações institucionais da Brashoes, Júlio César Seidl.
Segundo Diva de Paula, a intenção de Nestor era criar um local onde as pessoas pudessem entrar em contato com a história e perceber que é possível transformar sonhos em realidade, como ele fez por mais de 40 anos à frente da Azaléia. “Para nós, este é um momento de grande alegria”, disse Diva. Por vários anos, parte do acervo esteve exposta na sede da empresa, em Parobé/RS, mas foi retirada em 2007 com a venda do controle acionário da companhia.
“As pessoas vão se surpreender com o que verão”, antecipa Diva, referindo-se ao conteúdo e importância das peças. A Brashoes, segundo ela, é o local adequado para a instalação do museu, com o que passará a oferecer, em locais próximos, a tecnologia do passado e a atual para produção de calçados. “O antigo e o novo, juntos, serão grandes atrativos aos visitantes”, conclui.