Espera-se que o furacão derrube árvores, danifique edifícios e cause quedas de energia generalizadas ao longo dos próximos dias.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O governo de Nova York interrompeu neste domingo, dia 28, todos os serviços de metrô, ônibus e trens regionais com a aproximação do furacão Sandy da costa nordeste dos Estados Unidos.
A tormenta avança para a região mais densamente povoada do país nesta segunda-feira, dia 29, forçando centenas de milhares de pessoas a procurar lugares elevados e provocando a interrupção do transporte público e o fechamento de escolas, empresas e departamentos do governo.
Espera-se que o furacão derrube árvores, danifique edifícios e cause quedas de energia generalizadas ao longo dos próximos dias. A prefeitura de Nova York decidiu paralisar todos os transportes públicos, afetando milhões de pessoas, ante o temor de inundações e de fortes rajadas de vento provocadas pelo furacão, que deve atingir a cidade.
Quando chegar, o furacão encontrará uma metrópole praticamente paralisada, com retiradas de moradores e fechamentos de serviços públicos, instituições, empresas e até da bolsa de valores. Os estados de Nova York, Nova Jersey, Connecticut e a cidade de Nova York decretaram medidas de emergência e aceleraram todo tipo de preparativos, como a mobilização de unidades militares.
Além do transporte, ficarão fechados também os parques e as escolas, que atendem a 1,1 milhão de estudantes. A chegada do furacão provocou o cancelamento de pelo menos 7.400 voos procedentes ou com destino à costa leste americana até terça-feira, dia 30.
Risco de furacões na América do Sul é mínimo, segundo especialista
Na América do Sul, especialmente no Brasil, o risco de ocorrer furacão é mínimo devido à ausência da combinação de fatores essenciais ao fenômeno: aquecimento da água do oceano e ventos constantes e fracos. Portanto, a ameaça do Furacão Sandy, que atingiu o Caribe e agora chega à Costa Leste dos Estados Unidos, não deve preocupar quem vive na América do Sul.
Um furacão pode variar de 01 a 05, da escala Saffir-Simpson, a partir do nível 03 que é acima de 178 quilômetros por hora, o fenômeno é considerado grave. A análise foi feita pelo professor de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, no Rio Grande do Sul, Ernani Nascimento.
Nascimento acrescentou que o atual período do ano favorece a combinação de aquecimento da água com ventos fracos e constantes nos países cercados pelo Oceano Atlântico Norte. Segundo ele, essa é uma das principais causas dos furacões.
Porém, o professor disse que é impossível avaliar se as mudanças climáticas, que vêm ocorrendo nos últimos anos, acentuaram as possibilidades de furacões no mundo. De acordo com Nascimento, é necessário aguardar mais, pelo menos, uma década para fazer a avaliação.
Informações de G1
FOTO: Lucas Jackson / Reuters