Angela Merkel quer mostrar apoio ao primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, um colega conservador que luta para impor mais cortes a uma sociedade desgastada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A chanceler alemã, Angela Merkel, viajou nesta terça-feira, dia 09, para a Grécia, desafiando protestos de gregos enfurecidos, para levar uma mensagem de apoio, mas nenhum dinheiro novo, a uma nação quase falida que luta para permanecer no euro.
Muitos gregos culpam a Alemanha por forçar sobre eles reformas dolorosas em troca de dois pacotes de resgate da UE e do FMI, somando mais de 200 bilhões de euros. A polícia proibiu protestos na maior parte do centro de Atenas e preparou seis mil policiais, incluindo unidades anti-terroristas e franco-atiradores nos telhados, para garantir a segurança durante a visita de seis horas de Merkel, a primeira da chanceler (primeira-ministra) alemã desde que a crise da zona do euro surgiu pela primeira vez na Grécia, no final de 2009.
A líder alemã quer mostrar apoio ao primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, um colega conservador que luta para impor mais cortes a uma sociedade desgastada depois de cinco anos de recessão paralisante. Professores, médicos e outros funcionários públicos irão paralisar as atividades nesta terça-feira, 09, em um gesto de protesto, enquanto os sindicatos e os partidos políticos da oposição disseram que vão tomar as ruas, arriscando confronto com a polícia.
Na véspera da visita, milhares de sindicalistas reuniram -se na Praça Syntagma, diante do prédio do Parlamento grego, agitando bandeiras nacionais. Dentre as faixas estavam palavras de ordem que incluíam: “Não chore por nós, Angela” e “Angela, você não é bem-vinda.”
Em sua primeira visita à Grécia desde que a crise da dívida explodiu no país em 2009, Merkel elogiou Atenas pelo que ela descreveu como importantes sucessos em reformas, mas disse que mais trabalho é necessário para reduzir a montanha de dívida do país e restaurar a competitividade.
Informações de G1
FOTO: reprodução / AFP