Podar é preciso. Porém a Secretaria de Meio Ambiente do Município alerta para exageros
A poda de árvores é um assunto sempre cercado de dúvidas e muitas informações errôneas entre a população. O correto, entretanto, segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) do Município, é sempre solicitar uma autorização junto à Prefeitura (tanto para podas em áreas particulares quanto públicas).
Dentro de terrenos particulares, a Prefeitura não pode realizar a poda, por determinação em lei. E nos casos que envolvem problemas com a fiação, a AES Sul é notificada para fazer então a devida poda. “Porém, nos casos que os moradores verificarem uma poda irregular, ou mau feita, devem contatar a prefeitura para que a AES Sul seja novamente notificada”, informa Enelize Maciel, da Semam.
Sobre a maneira correta de realizar a poda, Enelize lembra que a poda drástica é o grande problema. “Esse tipo de poda, que retira toda ou quase toda a cobertura de folhas é proibida pela Lei Municipal 397/2000”, declara a funcionária.
Além disso, ela informa também, que as árvores não precisam de podas anuais, deve-se fazer uma avaliação para determinar a real necessidade. A autorização, que traz maiores explicações detalhadas sobre a poda correta, só é necessária para arbustos de médio porte e árvores (acima de 1,80m/2m).
Tradição popular
Os meses frios, de maio a agosto, são bastante adequados para a poda. A tradição popular fala em podar árvores sempre nos meses sem “R”, de maio a agosto. Há um fundo de verdade nisso, em razão de alterações na fisiologia das plantas.
É importante lembrar, que as folhas das árvores são utilizadas por elas para a produção de alimento, através da fotossíntese. Isso é que possibilita o seu crescimento e vitalidade. Uma poda abusiva pode comprometer de forma irreversível a saúde de sua árvore.
Conhecer a forma natural da árvore, bem como seu crescimento potencial, são medidas importantes. Jamais devemos plantar árvores de potencial elevado de crescimento, como ciprestes, por exemplo, sob a rede elétrica. Ou árvores como as corticeiras-de-banhado, cujas raízes, ávidas por locais úmidos, podem comprometer seriamente encanamentos de água e esgoto.
Dicas
Para permitir que a árvore atinja seu formato natural, elimine ramos atravessados, ou que possam fazer a árvore desviar de seu formato original. Localize e preserve o tronco principal e os ramos mais robustos.
Você pode cortar:
– galhos competidores (ou “galhos-ladrões”);
– ramos mortos ou doentes, comprometidos por fungos e outros parasitos;
– ramos quebrados (pelo vento, tempestades, etc.);
– ervas de passarinho.
Evite cortes serrilhados, lascados, que permitam a infiltração de agentes como fungos, bactérias e insetos. Na base de cada ramo, faça os cortes. Cortar nesse ponto evita danos ao sistema vascular da árvore, o que levaria a danos sérios à sua saúde.
Uma boa medida é passar uma tinta látex na área cortada, o que impede a infiltração de água e, portanto, danos à árvore. A poda, feita com responsabilidade não é prejudicial à árvore. Contudo, procure sempre um técnico para orientar a necessidade e viabilidade de uma poda.