Presidente do Banrisul se defendeu nesta quinta-feira das denúncias apresentadas pelo vice-governador, Paulo Feijó
O presidente do Banrisul, Fernando Lemos, esteve nesta quinta-feira na audiência pública das comissões de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa. Ele falou sobre as denúncias apresentadas ao parlamento gaúcho pelo vice-governador, Paulo Feijó.
Lemos afirmou que não há irregularidades no contrato entre a instituição e a Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs). Também abordou questões relacionadas às operações da Gala Frigoríficos Ltda, aos contratos de publicidade, a abertura de novas agências e ao Banco Matone.
O presidente do Banrisul salientou que o primeiro contrato com a Faurgs foi feito em abril de 2000 na gestão do ex-presidente João Verle, sendo refeito em 2002 durante comando de Túlio Zamim e encerrado no ínicio de 2007, no valor de R$ 75 milhões.
“Esse mesmo contrato foi renovado pela atual gestão em 21 de fevereiro deste ano, com duração de um ano, para o desenvolvimento de novos softwares” , afirmou.
Lemos ressaltou que o contrato consumiu R$ 75 milhões do Banrisul nas suas áreas de gestão e estratégia. “A tecnologia bancária é hoje o coração do sistema financeiro”, frisou, reiterando que não há irregularidades e absurdos nos contratos. “Concordo que são investimentos altos, mas os bancos cada vez mais vão gastar em tecnologias bancárias”, disse.
O presidente do Banrisul relatou ainda que, em 2004 e 2005, foram firmados contratos entre o Banrisul e a Faurgs, que tinham por objetivo serviço de consultoria e assessoria, relativos à estruturação, implementação e implantação do projeto denominado “Banrisul 2010”, com investimento em torno de R$ 19,7 milhões.
Com relação ao Gala Frigoríficos Ltda, garantiu que a diretoria atual do Banrisul não concedeu nenhum crédito a empresa. Afirmou que coube a diretoria da gestão 2003/2006 cobrar judicialmente todos os créditos devidos ao Banrisul. “É inverídica a informação de que dez operações de crédito tenham sido feitas na atual gestão. As operações com a empresa começaram em 1989 e a última renegociação ocorreu no ano de 2001”, disse.
Lemos contou que o Banco Matone nada deve ao Banrisul. Explicou que foram realizadas operações normais de cessão de créditos consignados de funcionários públicos federais e estaduais fora do Estado, que atenderam a todas as normas legais do Banco Central do Brasil. Argumentou que as operações foram verificadas pela auditoria interna quanto a sua regularidade, não apresentando inadimplência.
Fonte: Agência Assembléia Legislativa