Pesquisa aplicada a idosos do Vale do Sinos deseja medir o conhecimento deles sobre HIV/AIDS. A cidade escolhida desta sexta-feira foi Nova Petrópolis.
Para dar seqüência à pesquisa “”HIV/AIDS na perspectiva cognitiva dos participantes dos grupos de convivência da terceira idade do Vale do Sinos”, que a cidade de Nova Petrópolis recebeu novamente nesta sexta-feira, dia 04, o grupo de pesquisa da Feevale “Corpo, Movimento e Saúde”, coordenado pelo professor Alexandre Lazzarotto, juntamente com acadêmicas do Instituto de Ciências da Saúde.
Nesta cidade, a primeira etapa já havia sido realizada em 27 e 28 de abril, onde foram realizadas ações com cinco grupos de idosos. Na segunda ação, desta sexta, a equipe de pesquisa vai trabalhar com mais cinco grupos atingindo cerca de 900 pessoas. Nos encontros os idosos responderam um questionário para medir o nível de conhecimentos sobre Hiv/Aids, com quesitos como meios contaminação, métodos de prevenção, sintomas e tratamento.
Segundo Lazarotto o assunto é muito relevante e tem causas preocupantes. “Pode parecer que não, mas a AIDS está aumentando entre as pessoas da terceira idade. Por isso, estamos dando seqüência a esse programa, desenvolvendo um trabalho de divulgação da doença e, principalmente, a forma de prevenção”, comenta o professor.
O secretário de Saúde de Nova Petrópolis, Martim Wissmann, elogia a iniciativa. “Nossos idosos ainda têm uma certa resistência, pelo fato de acharem que já não precisam mais se preocupar com a AIDS e que este assunto é importante apenas para os jovens”, salienta. A assistente social e assessora dos grupos da Terceira Idade de Nova Petrópolis, Lílian Petry, confirma que existe resistência, mas o município deseja dar continuidade aos trabalhos com os grupos, criando estratégias sobre os resultados desta pesquisa.
No primeiro semestre de 2006, desenvolveu-se uma pesquisa 47 grupos de convivência de idosos de 14 municípios de abrangência do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Sinos (Consinos). Cerca de 510 pessoas com idade média de 69 anos foram ouvidas. Considerado o melhor, o trabalho de pesquisa realizado venceu o Prêmio de Incentivo à Prevenção e ao Tratamento do HIV/AIDS 2006, promovido pela Sociedade Brasileiro de Infectologia e da Bristol-Myers Squibb.