A declaração é de Fernando Lemos, em resposta às suspeitas de irregularidades em alguns contratos do Banrisul, dita nesta quinta-feira em uma entrevista coletiva
Ainda em meio à crise estabelecida pelas duras suspeitas levantadas pelo vice-governador, Paulo Afonso Feijó, o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, declarou em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, dia 03, que todas as contas e contratos do banco são oficiais, auditados e aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado. Afirmou ainda, que estão disponíveis para as autoridades que têm competência para investigá-los.
Feijó entregou ao Ministério Público, no final de abril, um dossiê que indica várias supostas irregularidades com empréstimos e contratos sem licitação, no Banrisul, sob a direção de Lemos. No dossiê está salientado o contrato entre o banco e a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), feito sem licitação e no valor de aproximadamente R$ 1 milhão. A Faurgs é responsável pela tecnologia utilizada nos sistemas do Banrisul.
Sobre essa questão, Lemos declarou que o negócio é legítimo e pode ser feito sem licitação pelo caráter acadêmico da Fundação. O presidente do Banrisul disse ainda, que não existe irregularidades nesse caso, que não há ninguém contratado que recebe R$ 1 milhão e se a Faurgs foi contratada sem licitação é porque isso é legal e viável.
Lemos falou também sobre a nova política empresarial do banco com a criação do Banrisul 2010, que está voltado para a rentabilidade das operações. Segundo ele, isto foi um modelo gigantesco, também com contrato com a Faurgs, no valor de R$ 19.780.511,00 e que todos os contratos estão disponíveis no Banco Central e não há o que não possa ser analisado. Fernando Lemos ressalta que não existe nenhuma empresa ou pessoa ganhando R$ 1 milhão, e sim, um projeto enorme implantado pela Fundação.
Sobre suas atividades no Banrisul entre 1996 a 1999, Lemos foi arrolado em um processo administrativo por denúncia do Banco Central e ex-dirigentes do banco. Ele diz ter certeza da absolvição, e que é apenas uma questão técnica que está em questão. O presidente do Banrisul, alega também, que ainda não decidiu o que fará em relação às denúncias pessoais proferidas por Paulo Feijó.
Lemos espera, segundo ele, que o Banco Central analise em breve os documentos para que o banco continue operando normalmente. Ele ainda ironizou dizendo que a instituição continuará pagando R$ 1 milhão para “a chamada fábrica de softwares do Banrisul”. Afirmou ainda, que o Banrisul projeta dobrar suas cartreiras de crédito e ajudar o Estado a se desenvolver ainda mais.