Maioria considera sistema péssimo ou ruim. Principal reclamação constatada por pesquisa é sobre demora no atendimento.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Mais da metade dos brasileiros – 61% – considera péssimo ou ruim o Sistema Único de Saúde – SUS. É o que aponta pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), afirma que este é um “diagnóstico” correto da situação da saúde pública no país.
A declaração foi feita nesta quinta-feira, dia 11. A principal reclamação levantada pelo estudo foi quanto à demora no atendimento. “O diagnóstico global feito pelos brasileiros está correto em vários pontos apontados na pesquisa”, avalia Padilha.
O ministro citou ações da pasta para diminuir o tempo de espera, como as unidades de pronto atendimento (UPAs), que funcionam 24 horas. Segundo o ministro, as unidades conseguem resolver os problemas de 97% dos pacientes atendidos. “Elas reduzem a necessidade da população ir ao pronto-socorro e ao hospital”, explica. “De cada 100 pessoas [atendidas na UPA], apenas três precisam ir para o pronto-socorro ou ao hospital.”
Quanto ao fato de 85% da população avaliar que o serviço público de saúde não melhorou nos últimos três anos, o ministro argumentou que a melhora do sistema não é imediata. “A população tem um diagnóstico sobre os desafios que temos. São desafios com tempos diferentes de melhora”.
Padilha também comentou sobre a contratação de mais médicos, necessidade apontada por 57% dos brasileiros na pesquisa, para melhorar o atendimento. Segundo ele, entram em vigor este ano programas que visam a incentivar a ida de médicos recém-formados para o interior do país e as periferias, onde há carência de profissionais. Para atraí-los, o governo federal vai conceder pontos extras nas provas de residência médica e permitir o abatimento da dívida de quem adquiriu financiamento estudantil.
DESPERDÍCIO – Em relação ao controle do desperdício de dinheiro, solução apontada por 53% dos entrevistados, Padilha respondeu que o ministério economizou R$ 1,4 bilhão ao alterar o processo de compra dos medicamentos. De acordo com ele, a economia permitiu a distribuição gratuita de remédios contra diabetes e hipertensão.
Na pesquisa, as campanhas de vacinação foram o programa de saúde com melhor avaliação, com média de resultado de 8,8, em uma escala de zero a 10. Feita pelo Ibope, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios, entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr