Nesta terça-feira, dia 24, entra em votação o relatório final da CPI dos transportes coletivos que aponta irregularidades e pede o afastamento do secretário de transporte e segurança e do diretor de transporte da pasta.
A votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou irregularidades no transporte coletivo deve ser a pauta principal da sessão ordinária da Câmara Municipal de Novo Hamburgo nesta terça-feira. A votação já foi adiada no final de março por dois pedidos de vista do vereador Paulo Kopschina (PMDB). A aprovação do relatório final depende de maioria simples dos parlamentares. O segundo turno ocorre na próxima quinta-feira, dia 26.
O relatório traz alguns pontos polêmicos, como o pedido de afastamento do secretário de trânsito, transporte e segurança, José Carlos Trevisan, e do diretor de transporte da pasta, Irineu Alban. O primeiro turno ocorre impreterivelmente nesta terça, segundo Ralfe Cardoso (PSOL), que presidiu a investigação.
O vereador destaca irregularidades no documento e contesta as últimas declarações do secretário Trevisan, que classificou o relatório como “truculento, calunioso e injurioso”. Segundo Ralfe, “a relatoria teve o cuidado de não empregar nenhum adjetivo pejorativo ao documento. O próprio Trevisan admite em depoimento à CPI que a secretaria não tem planejamento para o transporte. O pedido de afastamento se deve à desorganização à que está submetido o transporte coletivo”.
Entre as irregularidades apontadas pelo documento estão, o fretamento particular utilizando os mesmos ônibus de transporte público e a falta de lacre nas catracas, facilitando fraudes. O relatório ainda levanta o fato da diretoria de transportes contar com apenas um fiscal para o acompanhamento do transporte coletivo, táxis, transporte escolar e fretamento particular. Além disso, o cálculo da tarifa é o mesmo utilizado em outros centros urbanos sem levar em consideração a realidade local.