O presidente da Anvisa acredita que a agência que tem o dever de definir regras e não demais médicos especialistas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, Dirceu Barbano, falou sobre a reação do Conselho Federal de Medicina quanto a decisão de manter a sibutramina no mercado com restrições e proibir remédios a base de anfetamina.
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Anvisa proíbe remédios a base de anfetamina e mantém sibutramina no mercado
“Os médicos têm um papel muito relevante na sociedade, mas o órgão que tem o dever de se manifestar acerca das tecnologias que podem ser utilizadas no tratamento é a Anvisa”, disse Barbano, nesta quarta-feira, dia 05. Entre os remédios à base de anfetaminas, estão a anfepramona, mazindol e femproporex.
Dirceu considera a busca do Conselho Federal de Medicina pela reversão da decisão na justiça pode ser prejudicial à sociedade. “É um direito de qualquer cidadão, mas não é salutar nesse momento em que a agência se empenha em passar uma mensagem de segurança ao consumidor, para que ele possa ter clareza sobre o nível de risco desses produtos”, acredita o presidente.
O presidente da Anvisa também destacou que, ao final desse processo, a agência concluiu que o sistema de vigilância sanitária permite um controle que pode possibilitar durante mais um período o uso da sibutramina, diante da prescrição médica aos pacientes com obesidade. Ele argumenta que o estudo que levou à proibição da sibutramina nos Estados Unidos e na Europa não mostram a totalidade dos pacientes que poderiam ser beneficiados com a medicação, permitindo avaliações diferentes.
Com a definição do prazo de 60 dias para retirar as anfetaminas das farmácias, Barbano explica que é para que dê tempo do paciente procurar alternativas para o seu tratamento com seu médico.
Informações de Clic RBS
FOTO: Ilustrativa / GettyImages