Segundo a pesquisa da Central Única dos Trabalhadores – CUT, o emprego terceirizado fragiliza a qualidade do emprego no país.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Estudo da Central Única dos Trabalhadores mostra várias desvantagens na terceirização em relação aos empregos diretos nas empresas. Entre as desvantagens estão os salários mais baixos e o cumprimento de jornadas mais longas. Por conta disto, a qualidade de emprego no Brasil ficou fragilizada.
O trabalho terceirizado atinge 25,5% do mercado formal, representando 10,8 milhões de empregados, segundo o estudo. Outro levantamento mostra que os assalariados terceirizados ganhavam 27,1% a menos do que os empregados diretos em dezembro do ano passado. Esses estudos devem servir de base para a argumentação do presidente nacional da CUT, Artur Henrique, durante audiência sobre a Terceirização e a Mão de Obra. Essa audiência é feita na tarde desta terça-feira, dia 04, em Brasília.
Nas empresas terceirizadas quase metade dos contratados, 48% deles, estava nas faixas de um a dois salários mínimos. Nas empresas contratantes dos serviços o percentual ficou em 29%. Além do baixo salário, os assalariados terceirizados cumprem mais horas de trabalho, superando em até três horas a carga horária de quem tem emprego direto. O estudo alerta que, em caso de equiparação, seriam geradas 801,3 mil vagas no país.
O documento também informa que a rotatividade é maior, com 44,9% ante 22% do regime contratual direto. Em um total de 42,6 milhões de empregos formais, cerca de 10 milhões ocorrem por meio da terceirização. Cinco Estados brasileiros tem nível de admitidos acima da média nacional, que é 25,5%. São Paulo lidera com 29,3% e 3,6 milhões; seguido por Minas Gerais com 26% e 1,13 milhão. O Estado do Rio de Janeiro tem nível em 26,75% e 1,08 milhão; enquanto Santa Catarina tem 27,82% e cerca de 535 mil. O Ceará tem nível de 27,38% com cerca de 356 mil pessoas.
Informações de Agência Brasil
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