Um ano e meio após o terremoto o país tem 4,5 milhões de pessoas com limitações de comida e 600 mil morando em acampamentos improvisados.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O terremoto que deixou muitas famílias em situação crítica no Haiti ocorreu faz um ano e meio, em 12 de janeiro de 2010, mas muitas pessoas ainda vivem em crise humanitária no país. Segundo Valérie Amos, secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas – ONU para os Assuntos Humanitários, a população enfrenta necessidades emergenciais.
Valérie ficou apenas dois dias no Haiti, mas foi o bastante para ver que a população está sem casa, com limitações de alimentos, água e saneamento básico. Cerca de 4,5 milhões de haitianos estão com limitações de comida e 500 mil ainda moram em acampamentos improvisados, sem ter um local próprio de moradia.
Além da falta de alimentos e casa, houve a epidemia de cólera após o terremoto, que matou mais de 5 mil pessoas no período de quase um ano – desde outubro de 2010 até agora. A população também enfrente enchentes causadas pelo período de chuva no país.
O presidente do Haiti, Michel Martelly, fez uma reunião com Valérie e autoridades haitianos. Nessa reunião, a secretária da ONU implorou para que o governo suspendesse os despejos as famílias que estão abrigadas provisoriamente. O receio de Valérie é que as mulheres e crianças fiquem ameaçadas, com risco de sofrer violência sexual.
Nesta quinta-feira, 29, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, defendeu a retirada gradual dos militares estrangeiros do Haiti, que pertencem às forças de paz. Celso Amorim afirmou que a retirada faz parte dos palnos das Nações Unidas, pois assim, o governo haitiano pode assumir o comando do seu sistema de segurança. Os cáculos são de que 1,6 mil homens estrangeiros deixem o país até março de 2012.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / Estadão