Líder militar dos rebeldes, Abdelhakim Belhaj, seria o principal fundador do Grupo Islâmico de Combate, segundo jornal francês.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Caos na Líbia continua causando repercussão mundial. Abdelhakim Belhaj, o líder militar dos rebeldes na batalha por Trípoli, seria o principal fundador do Grupo Islâmico de Combate – GIC. Segundo o diário Libération ‘’O grupo ultra-radical líbio possuía, antes dos ataques de 11 de setembro, dois campos de treinamento no Afeganistão’’, na edição desta sexta-feira, dia 26.
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Abu Abdallah Al-Sadek, como é conhecido pela CIA, foi preso em 2003 e entregue ao regime de Muammar Kadhafi. O líder do GIC teria sido colocado em liberdade quando renunciou à guerra santa. Ou pelo menos é isso que ele dizia à época.
Porém, para muita gente não é supresa que ex ou atuais membros do grupo Al-Qaeda estejam presentes no Conselho Nacional de Transição – CNT. As identidades da maioria dos cerca de 40 integrantes do Conselho permanecem desconhecidas e inúmeras questões não esclarecidas rondam o conselho. Caso do assassinato do general Yunes, dia 28 de junho. O militar, vale exprimir, serviu o regime de Kadhafi antes de aderir ao movimento dos rebeldes. Logo tornou-se o comandante dos insurgentes.
Por sua vez, o presidente do CNT, Mustafa Abdeljalil, que foi ministro da Justiça de Kadhafi, é considerado um homem ‘’honesto’’ por Ocidentais como Bernard Henry-Lévy. Foi o midiático filósofo francês quem, em plena guerra na Líbia, telefonou para Nicolas Sarkozy e convenceu o presidente a reconhecer o CNT. Sarkozy, que atravessava (e atravessa) um período de baixa popularidade, viu na sugestão a possibilidade de ganhar alguns pontos nas pesquisas de opinião pública. Assim, a França tornou-se o primeiro país a reconhecer o CNT. Atualmente fazem parte da lista 34 países.
A principal questão continua sendo: poderia um ex-ministro do ditador se tornar presidente de um governo de transição na Líbia?
Informações de Carta Capital
FOTO: Ilustrativa