Naoto Kan propõe a “redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Se depender da vontade do primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, o país acabará com as suas usinas nucleares. Ele defendeu a adoção de um calendário que preveja a extinção progressiva do uso deste tipo de energia nesta quarta-feira, dia 13.
A proposta foi apresentada quatro meses depois dos acidentes radioativos na Usina Nucelar de Fukushima Daiichi, no Nordeste japonês, que acendeu a luz de alerta sobre o sistema de segurança do setor no mundo. Kan defendeu uma “redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis, como a solar, a eólica e a [proveniente da] biomassa, com o objetivo [de chegar] à substituição completa”. No entanto, o primeiro-ministro não apresentou um calendário de ações.
“Não podemos continuar a dizer que a política desenvolvida até ao momento garanta a segurança da exploração da energia nuclear. Devemos conceber uma sociedade que possa passar sem ela”, acrescentou Kan.
Atualmente há 54 reatores em funcionamento no Japão, dos quais 35 estão parados desde 11 de março, quando houve o terremoto seguido por tsunami que gerou estragos em várias usinas. Por determinação das autoridades, os responsáveis pelas usinas passaram a fazer testes de resistência e segurança com mais freqüência após os acidentes nucleares de Fukushima.
Na seqüência do acidente de Fukushima, a Alemanha, a Itália e a Suíça anunciaram que encerrarão de forma progressiva o sistema de energia nuclear civil. A França e os Estados Unidos reiteraram a intenção de continuar a usá-la.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / reciclagem-brasil