Pensando na expressiva quantidade de turistas que a região receberá graças ao evento esportivo, universidade lança projeto que tem como objetivo principal a capacitação da comunidade.
Mônica Neis Fetzner [email protected] (Siga no Twitter)
É esperado que, em 2014, o Brasil se cubra de verde e amarelo. Estas, no entanto, já foram as cores que decoraram a Sala de Exposições do prédio Arenito, no Campus II da Universidade Feevale nesta quarta-feira, dia 06.
A instituição lançou o projeto Feevale na Copa 2014, que tem como objetivo capacitar profissionais, acadêmicos e a comunidade na recepção aos visitantes de Novo Hamburgo e região durante o evento esportivo que ocorre daqui a três anos.
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Conheça o hotsite Feevale na Copa 2014
Quem apresentou as ações planejadas e as já realizadas pela universidade foi a pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Gladis Luisa Baptista (foto). Ela destacou que é preciso contar com estrutura adequada para receber os turistas. Áreas de turismo, gastronomia, hotelaria, transporte, saúde e lazer são o foco do projeto.
A primeira medida adotada pela Feevale foi a criação de um hotsite, apresentado por Luis Henrique Rauber, responsável pelo Núcleo de Marketing Digital. “O hotsite que criamos contempla todas as necessidades dos públicos que queremos atingir com o projeto, além de ser um canal de comunicação direta com a Feevale”, definiu. A página dispõe de uma central de oportunidades de trabalho, lista de cursos disponíveis e previstos e uma lista de notícias publicadas por veículos de imprensa.
Voluntário na Copa 2010 relata experiência
e defende organização da comunicação
O gaúcho Damian Steppacher, 30 anos, relatou sua experiência como voluntário na Copa do Mundo da África, em 2010 (foto). “Passei por um longo processo de seleção pela Fifa, com entrevista feita pessoalmente no consulado da África do Sul, em São Paulo. No entanto, o recrutamento pode ser online, como foi feito na Copa da Alemanha”, explica, salientando as opções que existem para atrair voluntários.
Steppacher, formado em administração, enfatizou a necessidade de organizar estrategicamente a comunicação necessária ao próprio povo brasileiro. Ele afirma que é preciso transmitir que o país tem muito a ganhar com o Mundial de futebol.
“Na África do Sul, em cada esquina as pessoas estavam envolvidas com a Copa. Nos cinqüenta dias que passei lá, gastei em torno de R$ 10 mil, e eram 750 voluntários. Torcedores holandeses, suecos, suíços e australianos, por exemplo, viajam em grandes grupos e com muitos recursos.”
“Nenhuma jornada é impossível”, diz
Carlos Simon ao citar Nelson Mandela
As idéias defendidas pelo presidente do Comitê Novo Hamburgo na Rota da Copa, Kleber Roberto de Lima Senisse, e pelo coordenador-geral do Comitê Executivo do Rio Grande do Sul para a Copa do Mundo, Carlos Eugênio Simon, foram semelhantes: o evento esportivo coloca o Brasil no cenário mundial e deixará um importante legado para a sociedade.
Senisse acredita que as ações voltadas para conforto e segurança, exigidos pela Federação Internacional de Futebol e Associados – Fifa, poderão multiplicar a quantidade de turistas na região ao longo de 20 anos. “Cada turista assiste de um a três jogos, mas passa a maior parte do tempo conhecendo o país. Por isso, é fundamental trabalhar as capacitações necessárias para atender esse público.”
O ex-árbitro Carlos Simon (foto) destacou que a Copa é uma oportunidade para fomentar pequenos negócios, e que está trabalhando em propostas que garantam desenvolvimento. “O Rio Grande do Sul pode ser colocado no cenário mundial, porque este é o maior evento midiático do planeta. E eu digo isso sem chance de errar: a Copa vai sair, embora alguns céticos digam que não.” Simon encerrou sua fala com uma frase de Nelson Mandela: “toda jornada é importante, e nenhuma jornada é impossível”.
FOTOS
Mônica Neis Fetzner / novohamburgo.org
reprodução / Feevale na Copa