O general Ratko Mladic, preso na madrugada desta quinta-feira, teve que ter seu interrogatório interrompido por seu estado de saúde. Ele é acusado pelo massacre de Srebrenika durante a Guerra da Bósnia.
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O homem mais procurado da Europa foi capturado na madrugada desta quinta-feira, 26, na cidade de Zrenjanin, Sérvia.
O general Ratko Mladic, 68 anos, atuou como chefe do Exército da Sérvia durante a Guerra da Bósnia e até sua prisão, era o principal acusado de crimes de guerra foragido desde o conflito dos Bálcãs, nos anos 1990.
Autoridades informaram que o homem foi detido com documentos no nome de Milorad Komadic e que sua prisão aconteceu graças a uma denúncia anônima. Mladic chegou abatido ao tribunal em Belgrado. De acordo com fontes do tribunal de guerra da Sérvia, o interrogatório foi suspenso pelo estado de saúde dele.
“O processo de extradição está em curso”, afirmou o presidente Boris Tadic, aludindo à transferência do ex-comandante para ser julgado pelo tribunal de Haia. Segundo o presidente, Mladic foi preso na Sérvia. “Isto remove um fardo pesado da Sérvia e fecha uma página infeliz da nossa história”, disse.
Acusações
O general Ratko Mladic comandou forças sérvias durante a guerra da Bósnia (1992-1995). Em 1995 ele foi indiciado pela corte internacional de crimes de guerra sob a acusação de genocídio no massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica e o cerco de 43 meses a Sarajevo.
União Européia
A demora na prisão do ex-general sob acusações de genocídio era tida como um entrave aos esforços da Sérvia para ingressar na União Européia.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta quinta, no entanto, que a prisão de Mladic é uma importante condição para a entrada da Sérvia no grupo, mas não significa sua automática adesão.
A Holanda foi um dos principais países membro da União Europeia a exigirem a prisão de Mladic antes da Sérvia ser aceita como parte do grupo.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / G1