Ainda há pessoas desaparecidas. Três corpos foram localizados na segunda-feira e já foram identificados. Buscas continuam.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Corpo de Bombeiros encontrou na manhã desta terça-feira, dia 24, a sexta vítima do naufrágio da embarcação Imagination no Lago Paranoá, em Brasília. O corpo de um homem foi localizado a 150 metros da embarcação e a 18 metros de profundidade.
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Esse é o segundo corpo encontrado nesta terça. No início dos trabalhos de resgate, os bombeiros localizaram outro corpo de um homem que já foi retirado da água. A vítima ainda não foi identificada.
Na segunda-feira, 23, foram encontrados três corpos, que já foram identificados. No dia do acidente, 22, um bebê de sete meses foi retirado com vida da água, mas morreu quando os bombeiros tentavam reanimá-lo.
Entre três e quatro pessoas continuam desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros. “A expectativa [de encontrar os corpos] sempre existe. Gostaríamos de entregar as pessoas vivas para as famílias. Mas a cada minuto que passa a expectativa diminui”, disse a major Vanessa Signali.
O Corpo de Bombeiros informou que mais de 100 pessoas estavam a bordo da embarcação. O coronel Luis Blumm, do Comando Operacional do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, informou que não era possível dizer o número exato de pessoas a bordo na hora do acidente.
“Não recebemos uma lista fechada dos passageiros do barco, por isso não é possível dizer por enquanto quantas pessoas estavam a bordo”, afirmou. Nota divulgada pela Marinha na segunda-feira dizia que o barco tinha capacidade para 92 pessoas.
Mergulhadores encontram rachadura
na parte de baixo do barco
O delegado Rogério Leite, da Polícia Fluvial de Brasília, disse na tarde desta segunda-feira, dia 23, que mergulhadores encontraram uma rachadura em um dos tubulões na parte de baixo do barco. Tubulões são estruturas cilíndricas e ocas que auxiliam na flutuação dos barcos.
Leite não informou o tamanho da rachadura nem disse se ela pode ser apontada como a causa do acidente. Ele disse ainda que não sabe quantos tubulões o barco tinha. Segundo ele, o piloto do barco que naufragou poderia nem saber se havia a rachadura na estrutura, uma vez que ela fica submersa.
Na hora do acidente, quatro homens da Marinha eram responsáveis pela fiscalização das embarcações no lago. Leite disse que o número era suficiente para a fiscalização e estava dentro da média de servidores usados pela Marinha para a tarefa. “O trabalho de fiscalização é aleatório, não podemos estar em todos os barcos ao mesmo tempo”, disse o comandante.
Comandante presta depoimento
O comandante do barco, Airton Carvalho da Silva Maciel, disse que a embarcação estava inclinada para a esquerda quando deixou o cais. Em depoimento à polícia, ele afirmou que pediu aos passageiros para irem para o outro lado, “para compensar”.
“Observei na saída que estava mais para o lado que afundou, para a esquerda. Orientei o pessoal a ficar um pouco mais à frente, à direita, para ela equilibrar, para o barco compensar. Foi o que fizemos”, declarou o comandante Maciel.
“Aí encheu um pouco de água, não o suficiente para acontecer isso o que aconteceu. Foi tudo muito rápido”, disse. Maciel afirmou à polícia que fez uma vistoria de rotina na embarcação antes de começar a navegar e foi até a sala de máquinas várias vezes durante a viagem.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / Wilson Dias-ABr