Alta registrada no IPC-C1 ficou acima da média de inflação geral verificada no mesmo período para as famílias mais ricas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A inflação para as famílias de baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 – IPC-C1 da Fundação Getúlio Vargas – FGV, subiu 0,80% em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, dia 06.
Em fevereiro, essa taxa havia ficado em 0,32%. O IPC-C1 mede a inflação para as famílias cuja renda mensal é de até 2,5 salários mínimos e, segundo a FGV, ele já acumula alta de 2,53% no trimestre e de 6,16% nos 12 meses fechados no mês passado.
A alta registrada no índice ficou acima da média de inflação geral verificada no mesmo período para as famílias mais ricas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil – IPC-BR. Este teve alta de 0,71% no mês passado, e de 5,86% nos 12 meses completados em março.
Os quatro elementos que mais contribuíram para o avanço do IPC-C1 foram alimentação (de 0,05% para 1,51%), com destaque para os itens hortaliças e legumes (de 3,05% para 7,78%); vestuário (de -0,20% para 0,75%), puxado pelas roupas (-0,39% para 1,00%); saúde e cuidados pessoais (de 0,11% para 0,48%); e educação, leitura e recreação (de 0,25% para 0,48%), tendo se destacado o subitem excursão e tour (-4,11% para 0,58%).
Os grupos que recuaram foram transportes (de 0,89% para 0,13%); despesas diversas (de 2,02% para 0,05%); e habitação (de 0,38% para 0,25%). As influências partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (0,70% para 0,00%), cigarro (2,68% para 0,00%) e aluguel residencial (0,75% para 0,67%).
Para o cálculo do IPC-C1, a Fundação Getulio Vargas coleta preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos nas capitais Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte.
Informações de Época
FOTO: ilustrativa