Em entrevista a uma rádio, Andrei Netto, do Estadão, afirmou que a condição para sua libertação era sair do país como deportado. O repórter foi preso pelas forças do ditador Kadhafi no dia 2 de março.
Da Redação – [email protected]
O jornal “O Estado de São Paulo” informou que o repórter Andrei Netto, correspondente do veículo, deixou a Líbia na manhã desta sexta-feira, 11, rumo a Paris, onde reside e não há previsão de quando ele virá ao Brasil.
O jornalista esteve preso durante oito dias, capturado por tropas leais ao ditador Kadhafi ao tentar legalizar sua entrada no país. Netto, um dos enviados especiais para a cobertura dos conflitos no país árabe, entrou pela fronteira da Líbia com a Tunísia.
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O editor de Internacional do Estadão, Roberto Lameirinhas, havia declarado na última quinta-feira, 10, que Netto não estava com estava com a documentação necessária para trabalhar em território líbio e, por isso, sairia do país como deportado. O repórter estava na Líbia desde o dia 19 de fevereiro e foi preso no dia 2 de março.
“A condição para a minha libertação era que eu fosse expulso do país. O que me deixaram muito claro é que eu estava saindo graças à ação da embaixada brasileira em Trípoli. Ou seja, do embaixador George Ney Fernandes e do Itamaraty. E graças, em especial, à relação entre os dois países, Líbia e Brasil. O Ghaith Abdul-Ahad, que é o jornalista do Guardian e esteve comigo durante esse tempo todo, continua preso. Eu cheguei a um local protocolar, consular em Trípoli e eles me informaram, então, que o Ghaith Abdul-Ahad continua preso e a priori não existe deadline para a prisão dele”, disse Netto em entrevista à Rádio Eldorado.
Informações G1
Foto: reprodução G1