Manifestantes exigem mudanças nos governos, inspirados pelas revoltas populares que derrubaram líderes da Tunísia e do Egito.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A repressão a protestos contra seus governos deixou mortos e feridos nesta quinta-feira, dia 17, na Líbia e no Bahrein.
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Protestos se alastram por países muçulmanos
Os atos são inspirados nas revoltas populares que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito e que se espalham por países muçulmanos de regime autocrático nos últimos dias.
Pelo menos 14 pessoas morreram na Líbia, em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, segundo organizações de direitos humanos. Há relatos de enfrentamentos na capital, Trípoli, e em três outras cidades. Em Al-Baida, quatro pessoas teriam morrido, segundo sites da oposição e ONGs líbias com sede no exterior. As redes sociais estão sendo usadas para organizar e divulgar os protestos. Pelo menos 14 pessoas foram presas. Na véspera, confrontos na cidade de Benghazi deixaram dezenas de feridos.
Os manifestantes pedem a saída do líder Muammar Gaddafi, cujo governo reagiu rapidamente à onda de protestos levantados por Egito e Tunísia. Ele propôs dobrar o salário do funcionalismo e soltou 110 militantes oposicionistas. Manifestantes favoráveis a Gaddafi, que está no poder desde 1969, também foram às ruas, para se contrapor aos protestos oposicionistas.
Exército do Bahrein pede que
população evite centro da capital
Já a forças de segurança do Bahrein investiram contra manifestantes antigoverno acampados na Praça Pérola, no centro da capital, Manama, matando pelo menos três pessoas e ferindo 195, segundo o Ministério da Saúde – mas há relatos de que o número de mortos seria maior. Sessenta pessoas estão desaparecidas. Dezenas de veículos blindados se deslocavam pela cidade, numa ação do governo para tentar encerrar três dias de protestos.
O Exército prometeu medidas para garantir a ordem e pediu à população que evite áreas do centro da capital, segundo um porta-voz do Ministério do Interior.
Milhares de manifestantes xiitas foram para as ruas do Bahrein esta semana, exigindo mais direitos no reino. O país tem maioria muçulmana xiita, mas é governado por uma família sunita. Os xiitas do Bahrein se queixam de discriminação. O deputado Ibrahim Mattar também anunciou que o principal bloco xiita, o Wefaq, vai abandonar o Parlamento. Eles têm 18 de 40 deputados.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / Ismail Zitouny-Reuters