Poucos estabelecimentos seguem abertos em Nova Friburgo, cidade que amanhece com chuva pelo terceiro dia consecutivo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Com o comércio praticamente todo fechado, muitos moradores de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, estão ficando sem comida e começam a fazer filas na porta dos poucos estabelecimentos abertos.
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Nesta sexta-feira, dia 14, isso aconteceu em um sacolão (foto). Os serviços de internet, luz e telefone ainda são precários na cidade. E segue chovendo: a região serrana amanheceu com chuva pelo terceiro dia consecutivo. Há a possibilidade de que chova até 40 mm em Petrópolis e Teresópolis.
Em alguns locais, o socorro ainda não chegou. Durante a madrugada, um carregamento de caixões chegou à Teresópolis para enterrar os mais de 220 mortos do município. Muitas famílias têm encontrado dificuldade de sepultar seus parentes porque os cemitérios foram invadidos pela lama. Um Instituto Médico Legal improvisado foi montado ao lado do IML da cidade para reforçar o atendimento às famílias das vítimas.
Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.
EXPLICAÇÃO – De acordo com especialistas, a explicação para a repetição de tragédias no Rio de Janeiro é a falta de controle e planejamento no crescimento das cidades. O relevo das cidades serranas funciona como uma barreira que impede a passagem das nuvens. Concentradas, elas provocam muita chuva numa única área.
A parte alta das montanhas é um terreno muito inclinado e a vegetação cresce sobre uma camada fina de terra. A água da chuva vai penetrando no solo, que fica encharcado e se descola da pedra. O volume de terra desce como uma grande avalanche, devastando o que encontra pela frente.
Informações de portal G1
FOTOS: reprodução / Tássia Thum-G1