Análise concluiu que não seria suficiente se basear na inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor para erradicar a miséria.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Durante a campanha eleitoral, a presidente eleita Dilma Rousseff estabeleceu como uma de suas metas eliminar a “miséria extrema” no Brasil. Agora, a equipe de transição da petista trabalha para que Dilma consiga cumprir a promessa.
Uma das medidas em estudo é reajustar o benefício do Bolsa Família acima da inflação. e acordo com reportagem desta terça-feira, dia 16, do jornal O Estado de S. Paulo, uma análise feita pelo governo concluiu que o reajuste de 9% do benefício, com base na inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, não seria suficiente para erradicar a miséria no país.
Hoje, o Brasil possui 8,9 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, que comanda o Bolsa Família. Em 2010, por causa das eleições, o valor do benefício ficou congelado. No ano passado, o reajuste elevou o valor do Bolsa Família para entre 22 reais e 200 reais, dependendo do grau de pobreza e da quantidade de filhos da família beneficiada.
Nem mesmo no projeto de lei do Orçamento para 2011, enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso, consta um reajuste para o programa. A decisão caberá, portanto, a Dilma.
“O que está em jogo não é apenas o impacto financeiro do reajuste, é preciso eliminar a pobreza extrema”, afirmou ao jornal a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes. Atualmente, o governo gasta cerca de 13,4 bilhões de reais por ano com o programa.
Informações de Veja
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