Profissionais mais procurados pelas construtoras são pedreiros, carpinteiros, armadores de estruturas, gesseiros e pintores.
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A construção civil abriu uma nova frente: está contratando profissionais de outras áreas.
Cortadores de cana estão sendo treinados e aulas são oferecidas até à noite. Muita gente está se qualificando, para trocar de área. Vão longe os tempos em que a construção civil era uma área de trabalhadores com baixa qualificação e baixos salários.
Conforme constatou a reportagem exibida nesta segunda-feira, dia 18, no programa da Rede Globo Bom Dia Brasil, nunca se contratou tanto na construção civil. Conseguiram emprego com carteira assinada 2,8 milhões de trabalhadores. Um recorde. E ainda falta mão de obra. O Sindicato das Indústrias da Construção Civil calcula que, até o fim do ano, sejam criadas 150 mil vagas em todo o país. Como não há tantos profissionais disponíveis no mercado, a saída é partir para a qualificação.
Wellignton é bombeiro. Mas o capacete que ele está usando é de outra profissão. No Senai em São Paulo, aprende a assentar pisos e azulejos e espera ganhar dinheiro.
“É uma área que está em franco desenvolvimento até 2014, e a tendência é que ela cresça muito mais, então é viável a gente buscar uma segunda opção de trabalho”, conta o bombeiro Wellington José Branco.
Procura
O curso de pedreiro é um dos mais procurados. Tem aulas até durante a noite. Cláudio é técnico em refrigeração, mas assim que as aulas na obra terminarem quer mudar de profissão. “Estou interessado em ingressar nesse ramo. Comprei um terreno, estou pensando em construir”, sonha o técnico em refrigeração Cláudio Braga Dutra.
Os profissionais mais procurados pelas construtoras são pedreiros, carpinteiros, armadores de estruturas, gesseiros e pintores. Os salários são de pelo menos R$ 1 mil.
Mas sem mão de obra na praça, as empresas estão contratando até cortadores de cana. É o que acontece no interior paulista. “Todo corte de cana vai ser mecanizado. Então essa mão de obra, com certeza, entrará na construção civil. A gente tem espaço pra esses trabalhadores”, aponta Haruo Ishikawa, do Sindicato da Construção Civil – SP.
E na capital as mulheres também estão aprendendo a construir casas. A auxiliar de enfermagem Elizete Fagundes dos Santos já tem a dela, mas quer ampliá-la. “Meu sonho é construir um quarto em cima da minha laje. Por isso que eu to aqui aprendendo”, diz a auxiliar de enfermagem Elizete Fagundes dos Santos.
Flávia Soares Fonseca é professora de educação infantil e já percebeu que o curso de pedreiro não é nada fácil: “É árduo”. Mas não descarta uma oferta de trabalho. “Eu acho que é uma proposta a ser analisada, se for uma coisa boa e eu conseguir conciliar as duas”, planeja.
Só no mês de agosto deste ano, a construção civil empregou, com carteira assinada, mais de 48,5 mil trabalhadores em todo o país. A região que mais contratou foi o Sudeste, seguida pelo Nordeste, onde quase 15 mil pessoas foram contratadas.
Informações de Bom Dia Brasil
FOTO: ilustrativa / GettyImages
