Das sete classes de despesa usadas para cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal, quatro apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Os preços no varejo mensurados pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal – IPC-S voltaram a mostrar deflação pela segunda vez seguida, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, dia 23, pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.
O índice caiu 0,19% até a quadrissemana encerrada em 22 de junho, queda mais intensa que a apurada na prévia anterior, de até 15 de junho, quando mostrou taxa negativa de 0,04%. Ainda de acordo com a FGV, este foi o menor resultado para o índice desde a primeira semana de julho de 2006, quando o indicador registrou queda de 0,23%.
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-S, quatro apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços.
Quedas
As classes de despesa que apresentarem inflação menos intensas, ou até mesmo deflação, na passagem do IPC-S de até 15 de junho para o índice de até 22 de junho foram alimentação (de -1,05% para -1,45%); habitação (de 0,56% para 0,43%); vestuário (de 1,12% para 0,81%); e transportes, (de -0,13% para -0,15%).
Entre os grupos de produtos que contribuíram para a queda de preços no varejo medida pelo IPC-S, os alimentos mais uma vez foram o destaque. Segundo a FGV, dezessete dos 21 itens alimentícios pesquisados dentro desta classe de despesa apresentaram recuos em suas taxas de variação de preços. Houve quedas e desacelerações de preços em produtos importantes, como hortaliças e legumes (de -7,51% para -8,43%), laticínios (de -0,52% para -1,31%) e arroz e feijão (de 1,79% para 0,16%).
As mais expressivas quedas de preços foram registradas nos preços de batata-inglesa (-26,87%); açúcar refinado (-12,61%); e leite tipo longa vida (-4,56%).
Aumentos
Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período. É o caso de saúde e cuidados pessoais (de 0,44% para 0,47%); educação, leitura e recreação (de 0,01% para 0,07%); e despesas diversas (de 0,34% para 0,52%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 22 de junho, os aumentos de preços mais intensos foram apurados nos preços de tarifa de eletricidade residencial (1,10%); mamão da Amazônia – papaya (7,80%); e cigarro (1,89%).
Informações de Estadão
FOTO: reprodução