Osmar Pereira, representante comercial, foi atraído por quadrilha de nigerianos que se passaram por empresários interessados em comprar portas de madeira.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O representante comercial brasileiro Osmar Pereira, seqüestrado na última terça-feira, dia 25 de maio, na África do Sul, foi libertado nesta quinta-feira, dia 27, perto da cidade de Johannesburgo, informou a Superintendência de Polícia Federal no Pará.
De acordo com comunicado da polícia, Pereira foi seqüestrado por uma quadrilha de nigerianos que se passaram por empresários iraquianos. O brasileiro teria viajado à África do Sul para fechar a venda de um lote de portas de madeira fabricadas pela empresa que Pereira representa.
Segundo a Polícia Federal, logo depois de desembarcar no aeroporto de Johannesburgo, o paraense avisou a família de que chegara bem. Em seguida, no entanto, Pereira teria retornado a ligação, dizendo que tinha sido seqüestrado e que os bandidos exigiam R$ 507 mil (US$ 280 mil) de resgate.
Imediatamente a família procurou a Polícia Federal em Belém, que começou a trabalhar no caso e manteve contato com policiais federais em missão na África do Sul.
“A África do Sul não é um paraíso de criminosos”
De acordo com o comunicado das autoridades brasileiras, a polícia sul-africana chegou ao local onde Pereira era mantido nesta quinta-feira, 27 de maio. Seis nigerianos que integravam a quadrilha foram presos. Após ser libertado, o brasileiro foi encaminhado para um hospital para exames.
A mídia local diz que Pereira foi torturado durante dois dias em uma casa (foto) e teria sofrido diversas queimaduras no abdome.
O site sul-africano Politics Web informou que a polícia acredita que os supostos criminosos fazem parte de um grupo que atrai empresários de diferentes países para atuarem na costa sul-africana e, depois de os seqüestrarem, pedem resgates a suas empresas.
O comissário da polícia sul-africana, general Bheki Cele, citado pela mídia local, mostrou-se satisfeito com a libertação do brasileiro e disse que seu país não é um paraíso de criminosos.
“Nós dissemos isso antes e repetimos agora: a África do Sul não é um paraíso de criminosos. Todos os dias reduzimos o espaço para o crime e continuaremos a fazê-lo”, destacou o comissário.
Informações de portal R7.
FOTO: reprodução / Thiago Dias