Governadora do Rio Grande do Sul sugere que financiamento externo não entre no cálculo da dívida
A governadora Yeda Crusius disse nesta quinta-feira que não é a favor da renegociação de dívidas dos Estados com a União, porque a medida significaria alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que sempre foi defendida por ela.
Yeda fez a declaração no Rio de Janeiro, onde representou o Rio Grande do Sul no Fórum Consultivo do Mercosul, que reúne pela primeira vez, no Hotel Intercontinental, governadores e prefeitos das regiões que compõem o bloco econômico – Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.
Durante o encontro, ela afirmou que irá propor que os recursos internacionais obtidos pelo Estado para investimentos não sejam computados de maneira a elevar o percentual de comprometimento da receita com os encargos da dívida. Yeda quer discutir a medida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.
Ainda no Rio, Yeda defendeu que seja adotado como indexador da dívida em atraso o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Hoje, quando ocorrem atrasos de pagamentos, o débito é corrigido pela taxa Selic.