Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o setor continua aquecido, mas o ritmo é menos intenso do que no final de 2007
A indústria brasileira começou o ano menos confiante, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,1% entre dezembro e janeiro, passando de 116,0 para 113,6 pontos.Com ajuste sazonal, o ICI recuou para 119,0 pontos, após haver alcançado, em julho e outubro de 2007, os maiores níveis da série histórica.
O resultado mostra que a indústria continua bastante aquecida, mas o ritmo de atividade econômica é um pouco menos intenso do que o observado no último trimestre de 2007. A queda do ICI é resultado de uma piora na percepção da indústria quanto à situação atual. Esse indicador teve queda de 4,6% na passagem de dezembro para janeiro.
Dos quesitos integrantes do índice de confiança que retratam o momento atual, os indicadores de demanda e de estoques ficaram estáveis em janeiro, na comparação com outubro. Já o quesito que capta o sentimento do empresário em relação à situação geral dos negócios registrou um resultado menos favorável: a proporção dos que avaliam a situação como boa reduziu-se de 39,7% para 33,2%; e a dos que a consideram ruim aumentou de 7,3% para 8,1%.
Em relação aos próximos meses, as previsões sinalizam continuidade do crescimento produtivo, mas os empresários se mostram mais cautelosos ao tentarem prever para um horizonte mais longo. Das 1079 empresas consultadas, 54,0% projetam melhora da situação dos negócios nos próximos seis meses e 6,3%, piora. Em outubro, estas proporções eram de 61,4% e 4,1%, respectivamente.