Apresentação do Canto Coral marcou o encerramento de oficinas realizadas ao longo do semestre em escolas atingidas pela enchente
A noite de 25 de novembro foi especial para mais de 100crianças da rede municipal de São Leopoldo. Elas subiram ao palco do Teatro Municipal para apresentar a Mostra das Oficinas de Canto Coral Infantojuvenil, resultado de um semestre de atividades promovidas pela Presto Produções com o objetivo de aproximar os estudantes da música.
Para muitas das crianças, essa foi a primeira experiência cantando diante de um grande público. A diretora da Presto Produções, Lúcia Passos, idealizadora do projeto Canto Coral nas Escolas, contou que se emocionou ao ver o envolvimento dos alunos. “Foi bonito perceber como a música pode transformar a vida das pessoas”, afirmou, agradecendo às escolas que acolheram a proposta.

Participaram da mostra estudantes das escolas João Goulart, Tancredo Neves, Mário Fonseca e São João Batista — todas localizadas em áreas afetadas pela enchente de maio de 2024. A regência da apresentação ficou por conta de Angela Dillenburg, acompanhada pela pianista Sara Ramos. “É emocionante ver o quanto eles cresceram e se soltaram no canto”, comentou Angela.
A pequena Lilia Tereza Alves, de 9 anos, estudante da Escola João Goulart, contou que adorou participar das oficinas e destacou a música As Duas Cirandas como sua favorita. “Quero continuar no próximo ano”, disse.
A Secretaria Municipal de Educação também demonstrou interesse em manter o projeto. “A alegria das crianças é visível e nos incentiva a seguir”, destacou a coordenadora Camila Guedes.
Além das apresentações, o evento marcou o encerramento da Capacitação em Canto Coral para Professores, que reuniu 17 educadores de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio, Campo Bom e Sapiranga. As aulas foram conduzidas pelo maestro João Paulo Sefrin e pelas profissionais Lúcia Passos, Yasmin Kortz e Franceli Zimmer.
Para William Borba, professor de música em Campo Bom, a formação trouxe aprendizados importantes. “Todos nós crescemos muito nesses meses. Esperamos que a iniciativa continue”, afirmou a professora Marina Abrantes Kuklinski, vice-diretora da EMEI Futuro Encantado, comemorou a experiência e adiantou que a escola pretende incluir o coral infantil na grade curricular a partir de 2026.
O evento também contou com a participação especial do Coro Municipal de Meninas de Sapiranga, conduzido pelo regente Sérgio Fernandes. Para Lúcia Passos, ver o grupo no palco confirma o propósito do projeto.
Canto Coral
O Canto Coral na Escola – Inclusão e Transformação é realizado pela Presto Produções com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, do Ministério da Cultura, por meio do edital Cultura e Educação 2. O projeto contou com oficinas gratuitas voltadas tanto para alunos quanto para professores das redes públicas de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Portão, Sapucaia do Sul, Esteio, Campo Bom e Sapiranga.
As atividades com as crianças ocorreram no contraturno, entre julho e novembro, nas escolas João Goulart, Tancredo Neves, Mário Fonseca e São João Batista. Com apoio da Secretaria Municipal de Educação e do Centro Medianeira, mais de 120 estudantes foram impactados ao longo do semestre. Lúcia destaca que o canto coral cria vínculos e fortalece a convivência.
Quando crianças e professores cantam juntos, aprendem a ouvir e a se conectar

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