Iniciativas em andamento de apoio às famílias gaúchas reúnem assistência, qualificação e emancipação social em todas as regiões do Estado. Ações são articuladas para reconstruir vidas após a crise climática e econômica.
O Governo do Rio Grande do Sul mantém em plena execução 39 programas sociais voltados ao atendimento de famílias gaúchas em situação de vulnerabilidade, com foco na retomada da estabilidade, da autonomia e da dignidade social. As iniciativas — algumas de longa duração e outras recém-lançadas — integram uma política pública transversal que busca unir assistência imediata, qualificação profissional e inclusão produtiva.
O conjunto é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e representa um novo modelo de atuação integrada do Estado. Segundo o governador Eduardo Leite, a meta é fortalecer o amparo social sem cair na dependência permanente de benefícios: “A ideia é que as pessoas possam reconstruir suas vidas, com autonomia, após períodos de dificuldade”, afirmou.
Entre os programas em execução estão o Família Gaúcha, Primeira Infância Melhor (PIM), Rede Parceria Social, Acolhe RS, Devolve ICMS, RS Qualificação, A Casa é Sua, RS Seguro Social, RS Inclusivo e o Cartão Cidadão, entre outros. Juntos, eles atendem milhares de famílias gaúchas em todos os 497 municípios gaúchos.
Ações integradas para enfrentar vulnerabilidades
As iniciativas abrangem desde apoio alimentar e habitação popular até educação, trabalho e renda, atuando em rede para reduzir as desigualdades agravadas pelas enchentes históricas e pela crise econômica recente.
O Programa Família Gaúcha, um dos eixos centrais, acompanha mais de 10 mil famílias gaúchas em 92 municípios, especialmente nas regiões mais afetadas pelos desastres climáticos. O trabalho é realizado por Agentes de Desenvolvimento da Família (ADFs), que visitam os lares, identificam necessidades e elaboram planos personalizados de fortalecimento social e econômico.
Além disso, a parceria com a Defensoria Pública do Estado garante suporte jurídico e orientação a famílias que enfrentam perda de renda, endividamento e problemas de moradia. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Berenice Valduga, o foco é “transformar o ciclo de vulnerabilidade em um ciclo de autonomia, devolvendo às pessoas o protagonismo de suas vidas”.
Da assistência à emancipação

Os 39 programas não funcionam isoladamente — eles estão interligados em um modelo de rede, no qual cada ação contribui para uma etapa do processo de reconstrução da vida familiar.
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O RS Qualificação promove cursos profissionalizantes e parcerias com o setor produtivo, abrindo caminhos para a reinserção no mercado de trabalho.
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O Devolve ICMS devolve parte do imposto a famílias de baixa renda, aliviando o orçamento doméstico.
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O A Casa é Sua atua na regularização fundiária e na construção de moradias populares, garantindo segurança habitacional.
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O RS Inclusivo amplia o acesso de pessoas com deficiência a oportunidades educacionais e profissionais.
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E o Primeira Infância Melhor (PIM), referência nacional, segue acompanhando gestantes e crianças nos primeiros anos de vida, prevenindo a desigualdade desde o início.
Em conjunto, essas políticas buscam criar um caminho de autonomia sustentável, onde o Estado atua como suporte para que as famílias possam se reerguer com dignidade.
Impactos regionais e alcance comunitário
Nos municípios do Vale do Sinos, os efeitos são percebidos. As equipes do Família Gaúcha estão presentes em cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga, onde o trabalho é feito casa a casa, identificando demandas e conectando famílias gaúchas aos demais programas da rede.
O modelo aposta em coordenação local, com envolvimento das secretarias municipais de assistência social e dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), garantindo que as ações não fiquem apenas na esfera estadual. Essa descentralização fortalece a resposta social e agiliza o atendimento.
Com a integração das políticas, o Estado busca criar uma “teia de proteção” capaz de evitar que famílias recém-saídas de crises — como a perda de moradia, emprego ou renda — retornem à condição de vulnerabilidade.
Desafios e perspectivas
Apesar do avanço, especialistas alertam que a sustentabilidade do sistema depende da continuidade dos investimentos e do alinhamento entre Estado e prefeituras. Programas sociais amplos, quando desarticulados, podem se sobrepor ou perder efetividade.
O desafio, portanto, é transformar ajuda emergencial em desenvolvimento humano duradouro. A governança integrada e a avaliação permanente de resultados são fundamentais para que o impacto social seja mensurável e transparente.
A Sedes promete divulgar, ainda em 2025, um painel público de acompanhamento dos programas, permitindo à população acompanhar o número de famílias atendidas, as metas e os recursos aplicados.
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Um novo ciclo de políticas sociais
O pacote de 39 programas representa um novo ciclo da política social gaúcha. Em vez de atuar de forma fragmentada, o governo aposta em uma lógica sistêmica — onde saúde, habitação, renda e educação se complementam.
Após o colapso social causado pelas enchentes e pela crise econômica, o Rio Grande do Sul tenta se reconstruir com base na integração e na confiança. E, nesse processo, o Estado se posiciona não apenas como provedor, mas como parceiro das famílias gaúchas na reconstrução da autonomia e da esperança.
Programas do governo do Rio Grande do Sul voltados para resgatar famílias em vulnerabilidade social:
- Devolve ICMS
- Devolve ICMS – Linha Branca
- Repasse A Entidades Sociais Do Nota Fiscal Gaúcha
- Todo Jovem Na Escola
- Campanha Do Pix
- Volta Por Cima
- Cuidar Tchê 60+
- Auxílio Abrigamento
- Aluguel Social e Estadia Solidária
- Mãe Gaúcha
- Empreender Social RS
- Pró-Social
- Partiu Futuro – Estágio nas Escolas
- Partiu Futuro Reconstrução
- Universitário do Amanhã
- Emancipa Família Gaúcha
- Família Gaúcha
- Centros de Referência da Juventude Reconstrução
- Política Estadual de Habitação De Interesse Social
- A Casa É Sua – Município
- A Casa é Sua – Calamidade (Enchentes)
- Casas Temporárias (Enchentes)
- Nenhuma Casa Sem Banheiro
- Residencial 60+
- Regularização Fundiária
- Carteira Habitacional
- Mais Água
- Assentamento Legal
- Complementação Financeira ao Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades
- Porta de Entrada
- RS Seguro COMunidade
- Taça das Favelas
- Expo Favela
- Comunidades Inovadoras
- Bolsa Jovem Multiplicador
- MEI RS Calamidades
- CNH Social
- Avançar+ SUAS
- Centro Dia para Pessoa Idosa
Com informações da Secom/RS