Iniciativa do Ministério Público do RS busca conscientizar adolescentes e professores para reduzir riscos e fortalecer a empatia
Nesta segunda-feira (1º), a Emeb Maria Emília de Paula sediou uma palestra do Projeto Sinais, desenvolvido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) para prevenir e enfrentar a violência extrema entre adolescentes e jovens. A atividade integra as ações do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE), responsável por identificar situações de risco e promover estratégias de proteção dentro e fora do ambiente escolar.
Identificação de vulnerabilidades
O projeto tem como objetivo monitorar adolescentes expostos a processos de radicalização e atos violentos. Durante o encontro, os especialistas ressaltaram a importância da empatia e da corresponsabilidade. Pequenas atitudes, como rir diante de um caso de bullying, foram comparadas a um “incentivo de R$ 100” para que o agressor continue, segundo o neurocientista Dr. Guilherme Nogueira. A principal mensagem foi clara: colocar-se no lugar da vítima é essencial para interromper o ciclo da violência.
Manipulação e riscos online
Outro alerta foi sobre as estratégias de manipulação utilizadas no tráfico de drogas e em redes sociais obscuras, que atraem adolescentes com promessas falsas e elogios. “Hoje em dia, não há como não ser descoberto. Quem acaba pagando o preço é sempre o jovem manipulado”, enfatizou o promotor de justiça Dr. Leonardo Rossi.
O papel dos estudantes
Os palestrantes destacaram ainda a força da influência positiva dentro do grupo de amigos. Um simples “para, não faz isso” pode evitar que situações de risco evoluam. A mensagem foi que a mudança deve começar pelos próprios adolescentes, estimulando atitudes construtivas no convívio escolar.
Próximos passos do Projeto Sinais
A Secretaria Municipal de Educação (Smed) já articula novas ações com o MPRS, incluindo uma palestra para professores da rede e atividades com toda a comunidade escolar. O objetivo é capacitar profissionais para identificar sinais de risco e atuar de forma preventiva. Segundo a Smed, esta primeira palestra marca apenas o início de um trabalho contínuo contra o bullying e em prol da conscientização e proteção dos estudantes.
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