Imóvel histórico de Novo Hamburgo será transformado em centro cultural e símbolo da valorização do patrimônio
A Casa da Lomba recebeu, na manhã desta quinta-feira (31), o secretário municipal de Cultura de Novo Hamburgo, Angelo Reinheimer. Tombada como patrimônio histórico-cultural do município, as obras já avançam a mais de 60% de execução, a intervenção segue em ritmo acelerado e se consolida como um marco importante na memória cultural da cidade.
Contrapartida municipal garante continuidade da obra
Em 2025, a Prefeitura de Novo Hamburgo aportou R$ 908.325,00 que estavam pendentes desde 2022. O investimento compõe o total de R$ 1.983.025,00 destinados à obra. Além disso, cerca de 55% dos recursos são provenientes do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), gerido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, no valor de R$ 1.074.700,00.
Um espaço vivo para cultura, memória e encontros
Durante a visita, o secretário Angelo Reinheimer ressaltou a importância histórica da obra. “Essa obra é um compromisso da municipalidade com a nossa história. A Casa da Lomba será um espaço vivo, de aprendizado, de encontros e de valorização das nossas raízes. É um investimento que dialoga com o futuro sem esquecer o passado”, afirmou.
O projeto prevê a transformação da casa em um Centro Cultural, com atividades como oficinas de artesanato, canto, saraus, apresentações artísticas e a instalação de uma biblioteca, memorial e sala multiuso. O espaço também será um dos pontos de apoio ao projeto turístico Caminhos de Lomba Grande.
Patrimônio histórico restaurado para novas gerações
Construída entre 1862 e 1864, a Escola Meyer — atual Casa da Lomba — exerceu diversas funções ao longo de sua trajetória: escola comunitária, residência pastoral e, mais recentemente, espaço cultural. A configuração atual foi projetada entre 1928 e 1930 pelo arquiteto e pastor Jacob Sauer.
Tombada como patrimônio histórico municipal em 2010, a edificação também foi lar de Dona Emília Sauer, cidadã honorária de Novo Hamburgo e fundadora do Instituto de Belas Artes, que deu origem à atual Universidade Feevale.
Preservar o passado para construir o futuro
A expectativa é que, ao término da obra, a população de Lomba Grande e de toda Novo Hamburgo possa usufruir de um espaço cultural plural, acessível e voltado à valorização da memória coletiva.
“Essa obra não é apenas o restauro de uma edificação, mas de um símbolo. Estamos cuidando da história para que as próximas gerações possam conhecê-la, vivenciá-la e transformá-la em novas expressões culturais”, concluiu o secretário Reinheimer.
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