Ex-presidente está proibido de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados, incluindo o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA
Na manhã desta sexta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, como parte de mais uma fase das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também atingiu a sede nacional do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.
Dinheiro em espécie e celular apreendidos
Durante as buscas na residência do ex-presidente, os agentes apreenderam cerca de 14 mil dólares, aproximadamente R$ 8 mil em espécie, além do celular de Bolsonaro, que foi recolhido para análise. Segundo a Polícia Federal, o montante em moeda estrangeira seria um indicativo de possível plano de fuga para os Estados Unidos.
Tornozeleira eletrônica e restrição de movimentos
Após a operação, Bolsonaro foi conduzido à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), onde foi determinada a colocação de tornozeleira eletrônica. Ele deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, permanecendo em casa entre 19h e 7h, e está proibido de manter contato com outros investigados, diplomatas ou embaixadores.
Entre as medidas impostas pelo STF, está também a proibição do uso de redes sociais e, de forma específica, a proibição de contato com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos.
Investigado por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro é réu em processo que investiga tentativa de golpe de Estado, no qual é apontado como um dos articuladores de um plano para invalidar o resultado das eleições de 2022 e permanecer no poder. Segundo a Polícia Federal, ele teria participado da elaboração da chamada “Minuta do Golpe”, documento que previa a decretação de um estado de exceção no país.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou pedido de condenação do ex-presidente. Já a defesa de Bolsonaro nega envolvimento, alegando que ele não tinha conhecimento dos documentos nem participação em qualquer ação golpista.
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