Foi realizada nesta quarta-feira (11), na Câmara de Vereadores de São Leopoldo, a terceira reunião entre os Movimentos Pró-Diques, comunidade e representantes do poder público para debater o sistema de contenção de cheias e a reconstrução da cidade. O encontro contou com a presença do diretor-geral do Semae, Gabriel Dias, que detalhou as ações executadas pela autarquia desde o início do ano.
A reunião integra um ciclo de encontros mensais criado após audiência pública em 27 de fevereiro, que discutiu o desassoreamento do Rio dos Sinos. A agenda prevê reuniões periódicas entre representantes da Câmara, Prefeitura e sociedade. A edição anterior ocorreu em 14 de maio, com participação das secretarias de Meio Ambiente e Habitação.
Durante o encontro, o Semae apresentou a atual situação das Casas de Bombas, abordando quantidade de equipamentos em operação, novas instalações, capacidade de drenagem e ações de modernização. Gabriel Dias também informou sobre a retomada do Plano Diretor de Drenagem Urbana, elaborado em 2023 pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS), mas que havia sido interrompido pelas enchentes. “Esse plano é o que vai nos dar um norte sobre os próximos investimentos que o Semae e a Prefeitura vão fazer para que a gente tenha redes desobstruídas e tudo funcione corretamente quando precisarmos”, disse.
LEIA TAMBÉM: Sebrae RS lança Desafio Liga Jovem em evento na Unisinos
A modernização começou em fevereiro, pela estrutura da João Corrêa, com instalação de cinco bombas anfíbias, painéis elétricos novos e elevação dos equipamentos acima da cota do dique. “Estamos instalando o deque e ele vai estar acima da cota de 2024, com uma margem para que as bombas continuem funcionando, sem atingir a parte elétrica”, explicou Dias.
O investimento total na João Corrêa é de cerca de R$ 13 milhões, recursos próprios do Semae, obtidos por meio de readequações e corte de custos. Segundo Dias, essa decisão foi tomada com base na prioridade definida pelo Executivo.
Além da João Corrêa, o plano de modernização abrange todas as Casas de Bombas do município. Para isso, o Semae protocolou um projeto no valor de R$ 54 milhões junto ao Governo Federal, por meio do PAC Seleções 2025. O objetivo é adquirir novas bombas anfíbias, modernizar a parte elétrica e construir deques elevados. O projeto está em análise.
Representantes das secretarias de Obras, Meio Ambiente, Defesa Civil e Gabinete do Prefeito também participaram do encontro. O secretário municipal de Proteção e Defesa Civil, Márcio Uberti Moreira, apresentou medidas adotadas neste ano, como a criação de um banco de voluntários e a elaboração do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de São Leopoldo (Placon 2025).
“O plano precisa passar por reavaliações periódicas. Nós determinamos que será a cada seis meses. Nessas ocasiões, se examina todo ele e pode haver acréscimos com base naquilo que aconteceu. Essa avaliação também ocorre a cada evento que for utilizado”, explicou Moreira.
Para o segundo semestre, a Defesa Civil prevê o cadastro de voluntários jurídicos e a aplicação de um projeto educativo nas escolas do município.
LEIA TAMBÉM: Samu completa 18 anos em São Leopoldo com mais de 3 mil atendimentos em 2025