Com a chegada do inverno, os hospitais do Vale do Sinos já sentem o impacto do aumento das doenças respiratórias, o que eleva a pressão sobre os serviços de emergência e a capacidade de atendimento na região a cada semana.
As autoridades recomendam que a população mantenha a vacinação contra a gripe em dia e procure atendimento médico de forma responsável, priorizando casos graves para garantir um atendimento eficiente a todos.
Novo Hamburgo
No Hospital Municipal de Novo Hamburgo, a emergência apresenta uma situação atípica com menor lotação no final de maio. No entanto, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Canudos e Centro seguem com alta demanda, com dezenas de pacientes em observação e atendimento.
O hospital dispõe de 197 leitos clínicos e 15 leitos de UTI adulto, atendendo como referência 23 municípios da região. Embora haja planos para aumentar o número de leitos, essas medidas ainda estão em análise.
A a gerente de enfermagem, Melissa Martin, reforça que o hospital deve ser procurado apenas em casos reais de emergência e que a vacinação contra a gripe é coordenada pela Casa da Vacina do município.

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São Leopoldo
No Hospital Centenário, a emergência ultrapassou 21 mil atendimentos em 2025, sendo mais de 5 mil somente no último mês. A maior parte dos pacientes chega após não conseguir atendimento prévio nas unidades básicas, muitas vezes em estado mais grave, demandando internação ou cirurgia.
A instituição conta com 255 leitos, incluindo 16 de UTI adulto, 10 de UTI neonatal e 6 de UCI neonatal. Mesmo com o aumento da demanda, o hospital mantém as portas abertas para a população.
A direção expressa preocupação com o inverno, pois a lotação das emergências em vários municípios da região tem sido alta. O Hospital Centenário reforça sua importância como referência no atendimento de média e alta complexidade.
Segundo Ricardo Silveira, presidente da Fundação Hospital Centenário, o perfil dos pacientes que procuram a emergência tem se modificado: “São pacientes que muitas vezes necessitam de internação ou cirurgia. Essas pessoas não conseguiram acesso anteriormente pela Atenção Primária à Saúde (postos de saúde) e Serviços Especializados. Quando chegam à emergência, a doença já está avançada.”

Sapiranga
O Hospital Municipal de Sapiranga funciona acima da capacidade total, com emergência e enfermarias lotadas. São 54 leitos clínicos pelo SUS, 17 entre convênios e privados, além de 10 leitos de UTI adulto e 10 de UTI neonatal.
A instituição é referência para municípios vizinhos, como Araricá e Nova Hartz, e atende pacientes de toda a região por meio de convênios. Para o inverno, já há reforço na equipe médica e assistencial, mas a ampliação de leitos depende de regulação estadual.
A direção orienta a população a buscar primeiro as unidades básicas de saúde e usar o hospital apenas em casos urgentes, para evitar a sobrecarga. A vacinação contra a gripe é destacada como medida essencial para conter a propagação das doenças.

Campo Bom
O Hospital Dr. Lauro Reus, em Campo Bom, registra ocupação de 65% nos leitos gerais e 70% nos de UTI. O tempo médio de espera para casos menos urgentes é de cerca de duas horas.
Houve aumento nos atendimentos por doenças respiratórias, alinhado à emergência decretada pelo Estado. Para enfrentar o cenário, o hospital ampliou o atendimento com reforço médico na emergência e passou a oferecer Pronto Atendimento 24 horas.
A vacinação contra a gripe, embora disponível para todos a partir de seis meses de idade, tem baixa adesão, especialmente entre grupos prioritários, cuja cobertura está em 37,58%.

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