O aumento nos casos de esporotricose tem gerado grande preocupação nas autoridades de saúde pública em todo o Brasil. Em Novo Hamburgo, a doença já está se disseminando, tornando-se uma preocupação crescente. A infecção, causada por fungos do gênero Sporothrix, pode afetar humanos, gatos, cães e outros mamíferos, e é caracterizada por feridas na pele que podem se espalhar para outras regiões do corpo.
O gato é o principal hospedeiro e vetor do fungo para os seres humanos, o que torna os casos de esporotricose mais comuns entre os felinos. A infecção é mais prevalente nos animais e pode ser transmitida para os humanos através do contato com secreções ou lesões de animais infectados.
Em Novo Hamburgo, em 2024 foram registrados 13 casos em animais e 24 em humanos. Já neste ano, há uma notificação para animal e duas em pessoas. No entanto, como explica a coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, a médica veterinária Julyana Sthefanie, o número de casos pode ser maior. Isso ocorre porque nem todos os médicos veterinários têm preenchido os formulários para informar sobre a notificação da esporotricose. Desde o dia 30 de janeiro, o Ministério da Saúde determinou a notificação compulsória de casos da doença.
Prevenção e controle
A principal medida de prevenção e controle da esporotricose é evitar a exposição direta ao fungo. Profissionais que lidam com material proveniente do solo e plantas devem usar luvas, roupas de mangas longas e calçados apropriados. Além disso, qualquer pessoa que tenha lesões suspeitas deve procurar atendimento médico imediato.
LEIA TAMBÉM: Confira a programação completa do Dia Internacional da Mulher em São Leopoldo
Julyana também chama atenção para o cuidado com os animais. “Manter os animais castrados e domiciliados, especialmente os gatos sem acesso à rua. Isso auxilia no controle desta e outras tantas doenças”, pontua. A profissional ainda orienta procurar um médico veterinário, caso o tutor suspeite que seu animal esteja contaminado.
É importante que a manipulação de animais doentes seja feita com equipamentos de proteção individual (EPI). Além disso, os animais com suspeita da doença não devem ser abandonados. Caso um animal morra, o correto é que seu corpo seja incinerado para evitar a contaminação do solo. Se a incineração não for possível, o animal deve ser enterrado em uma embalagem plástica vedada.
Para mais informações sobre a doença e como prevenir a esporotricose, a Vigilância Ambiental em Saúde de Novo Hamburgo pode ser contatada pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3097-9410.
LEIA TAMBÉM: Hospital Sapiranga inaugura auditório revitalizado em homenagem a João Edmar Wolff