A catástrofe climática de maio e os planos para evitar ou diminuir os impactos das cheias foram os principais temas abordados na abertura da 6ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, realizada na noite desta segunda-feira, dia 18, na Câmara de Vereadores.
“Essa conferência dará uma contribuição extraordinária para que o Estado e o país possam, com ajuda da nossa experiência, criar um caminho com mais responsabilidade e profundidade sobre esse tema. Precisamos ser resistência e sujeitos nesse processo. Os debates não são simples, mas são necessários e urgentes”, destacou o prefeito Ary Vanazzi.
As enchentes, como não poderia ser diferente, pontuaram a fala da secretária do Meio Ambiente Jussara Lanfermann. “A comunidade começou a acreditar que as mudanças climáticas são realidade. Por isso a sociedade está aqui para refletir. Que essa luta faça parte do debate, agregando mais pessoas”. Jussara sublinhou que São Leopoldo é o único município do Rio Grande do Sul que possui um observatório municipal de mudanças climáticas, que elaborou um atlas socioambiental e, recentemente, adquiriu um barco-escola para criar mecanismos de educação para escolas e para a sociedade civil. “Junto a isso, implantamos nosso IPTU Verde e reforçamos aqui que essa 6ª Conferência é um passo à frente, Estado e União estão ainda na quinta edição. Nossa preocupação e planejamento não surgiu agora”, completou.
Para reforçar a ideia de cuidado permanente, o ex-secretário do Meio Ambiente Anderson Etter lembrou que, durante o desastre ambiental do mês de maio, foi realizada uma videoconferência com o cientista Carlos Nobre, que foi o único brasileiro a acompanhar o presidente norte-americano Joe Biden na visita ao Amazonas. “Em São Leopoldo somos pioneiros na luta ambiental. Temos um compromisso com a humanidade e, com a nossa cidade, um compromisso ainda maior. Defendemos que 23% da área territorial seja preservada, que o observatório continue presente. Não podemos retroceder”, alertou.
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No final das discussões, foram construídas duas propostas por cada um dos cinco eixos indicados pela metodologia da conferência nacional, que irão a plenário no segundo dia da conferência. Na sequência, foi apresentada uma proposta de nominata de 13 delegados para participar da Conferência Estadual, que também irá ao plenário deliberativo no dia 19.
“É urgente debatermos cada vez mais e construirmos políticas. O sistema de contenção foi superado. Isso precisa estar na pauta para que a população tenha segurança”, salientou por fim o secretário-geral de Governo Nelson Spolaor.
Sobre a conferência
No 19 de novembro, o evento se estende para o Museu do Rio dos Sinos, onde será realizada uma apresentação sobre os 16 anos de Gestão Socioambiental no município, destacando as iniciativas de defesa do meio ambiente e do Rio dos Sinos. A plenária de debates e resoluções será realizada das 18h30 às 19h40, com o foco em conclusões sobre os principais desafios e ações a serem tomadas pela comunidade local. O dia também será marcado pela instalação da Assembleia Municipal Ambiental (AMA), que visa integrar os diversos atores sociais na formulação de políticas públicas ambientais.
Participação Aberta à Comunidade
A 6ª Confemas é um evento aberto a todos os cidadãos a partir de 16 anos, que poderão se inscrever para participar da conferência e contribuir com suas ideias e sugestões. Trata-se de uma oportunidade para que os cidadãos de São Leopoldo possam se envolver ativamente nas discussões sobre o futuro ambiental da cidade. A colaboração entre o poder público e a sociedade civil visa fortalecer a política de mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável para todos.
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