O Governo Federal deve decidir na próxima semana se retoma o horário de verão, visando reduzir a demanda energética devido à seca nos reservatórios. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a medida reduz o consumo de energia elétrica, por consequência diminui a necessidade de acionar usinas térmicas, sistema que encarece as tarifas.
Contudo, há setores sociais que se opõem, em especial cidadãos que repudiam e mudança de horário (em uma hora). Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 2017 revelou que 45% dos 12.467 participantes relataram desconforto após a mudança de horário, conhecida como “jet lag”. Esse fenômeno pode causar fadiga, distúrbios do sono e alterações metabólicas, aumentando o risco de ganho de peso, diabetes e depressão.
Outro estudo, realizado na Universidade Colorado Boulder, nos Estados Unidos em 2020, também indicou um aumento de 6% em acidentes fatais e hospitalizações por AVC. Estes fatores foram observados nos dias após a troca de horário, além de um risco elevado de ataques cardíacos nas semanas seguintes .
Os ritmos biológicos

De acordo com o médico Vital Fernandes Araújo, o corpo tem ciclos que se moldam ao nosso estilo de vida e podem sofrer com alterações bruscas de rotinas. “O nosso corpo segue ciclos naturais, e o sono-vigília é um dos mais importantes”, assinala. Ainda segundo o pós-graduado em Medicina Ortomolecular e Psiquiatria, este ciclo circadiano regula o momento de dormir e de acordar, conforme uma rotina.
Mas quando acotencem mudanças bruscas, como alterar horários, isso pode bagunçar o ciclo. “Essa desregulação pode causar problemas como insônia, cansaço excessivo, dificuldade de concentração e até mudanças de humor”, alerta Vital.
*informações da assessoria da MF Press Global