Quero preencher meu espaço aqui nesta coluna de hoje, dentro do projeto O Vale, com um agradecimento especial, este agradecimento é dirigido a muitas pessoas que eu tenho o privilégio de conviver ao longo destes mais de 40 anos de atividades na comunicação em diversas áreas, apresentação de eventos, onde eu iniciei, em 1979 aos 11 anos de idade, todos os domingos à tarde, eu pegava meu aparelho 3×1 e animava a praça Francisco Leal na minha terra natal em Três Coroas, rodava músicas em LP e fazia os anúncios ao microfone.
Lembro que era tudo por código: A próxima música vai para menina de blusa amarela! Todos ficavam se olhando para descobrir quem era a menina de blusa amarela. Eu lembro com detalhes, inclusive a gravata marrom de crochê que usei para apresentar a Escolha da Garota Estudantil do Colégio Doze de Maio, onde estudava, em dezembro de 1983, na Sociedade 12 de Janeiro em Sander.
Eu tinha 15 anos de idade e naquela noite recebi meu primeiro convite para iniciar no Rádio, Valério Wagner, (in memoria) Diretor da Rádio Taquara AM, estava no júri e me fez o convite. Em janeiro de 1984, aos 16 anos de idade, estava de férias, era cobrador da Citral, e fui visitar minha irmã e madrinha Valdira Alves (in memoria) em Santos-SP, lembro que fui de carona com a empresa Rápido Labarca, o motorista Fala Fina, (in memoria) me deixou no Bairro Limão, fui até Jabaquara e peguei o ônibus para Santos, recebi o convite da minha irmã para residir com ela porque trabalho tinha bastante, voltei ao Rio Grande do Sul pedi demissão na Citral e fui de mala e cuia para Santos, em fevereiro de 1984.
Valdira reinaugurou um de seus restaurantes, o nome era Varanda e passou a se chamar Vereda Tropical, devido a uma novela na época, foi minha primeira gravação de propaganda volante, em fita cassete, Paulo, diretor da equipe The Brothers Sound, rodava com seu Passat por todas as ruas da cidade com minha voz anunciando a reinauguração do restaurante da minha irmã.
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Lembro parte do texto que dizia assim: Vereda Tropical a casa show da cidade apresenta a Caravana do Bolinha! Édson Cury (in memória) o Bolinha apresentava um programa de televisão aos sábados à tarde na TV Bandeirantes e tinha uma caravana onde levava as Boletes suas bailarinas e alguns artistas e foi inaugurar o restaurante da minha irmã.
Logo eu fui trabalhar com o Paulo na equipe The Brothers Sound, sonorizávamos grandes eventos na baixada santista, além da Caravana do Bolinha, a Caravana do radialista Eli Corrêa até hoje no Rádio com o seu tradicional “Oiiiii Gente!”.
Eu estava apresentando a quermesse no Ilha Porchat Clube, onde eu tinha que dar as informações da festa a todo instante: Na barraca 10, tem milho verde, na barraca 8, tem pipoca, na barraca 6, tem pinhão, e a hora certa era patrocinada pela Relojoaria Tic Tac informa a hora certa. Neste momento veio o segundo convite para trabalhar no Rádio, um senhor sentou ao meu lado, me fez um verdadeiro questionário, onde e com que eu morava, de onde eu era, qual minha idade e no final me deu um cartão, para minha surpresa era Giusfredo Santini (in memoria) presidente do Jornal e Rádio A Tribuna e me convidou para fazer um teste.
Na semana seguinte fiz o teste e iniciei na minha primeira Rádio em junho de 1984 aos 16 anos de idade. Eu era locutor comercial, trabalhava de segunda à sexta, das 14h às 18h, gravando comerciais, chamadas, vinhetas, enfim tudo que precisava gravar. Na volta para o Rio Grande do Sul, aos 18 anos em 1986, reiniciei minha trajetória pelas Rádios e Eventos do nosso estado mais isso é assunto para outras colunas.