Pesquisa aponta erosão costeira em pontos específicos do litoral do Rio Grande do Sul
Estudo desenvolvido por pesquisadores da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) detectou processos de erosão e de assoreamento (depósito de sedimentos) em alguns pontos dos 630 quilômetros de costa gaúcha.
A erosão costeira é um fenômeno decorrente das marés (com oscilações médias de meio metro), das ondas do quadrante Sul (provocadas pelas frentes frias e pelos ciclones extratropicais) e do vento Nordeste.
O trabalho realizado pelos pesquisadores analisou as variações da linha costeira entre 1975 e 2000. A erosão costeira atinge 75% das praias arenosas do mundo. Para especialistas, a erosão só é vista como um problema para os seres humanos quando altera suas atividades.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) também vem monitorando o fenômeno. Ressacas constantes são as principais responsáveis pela redução da faixa de areia.
Entenda a erosão
A erosão costeira é um fenômeno natural. No sul do litoral brasileiro, a erosão é causada geralmente pela ação das frentes frias, que modificam o comportamento do mar. Porém, quando há ocupação humana nas áreas costeiras, podem aparecer problemas sérios.
A solução mais recomendada tem sido a reavaliação da ocupação do solo. Dependendo do custo, pode-se realocar comunidades litorâneas. Já em cidades onde a realocação é impossível, pode-se fazer a manutenção da orla de praia por meio de deposição artificial.
Esta prática ocorre, por exemplo, no litoral da Califórnia, onde estabelecimentos à beira-mar pagam uma draga que “engorda” as praias durante o ano.