Uma das mais antigas instituições corais do Brasil, o Coro Julio Kunz completou 136 anos de fundação em maio cheio de histórias e tradições que se misturam aos primeiros alemães que desembarcaram na região há 200 anos. Neste ano, para celebrar o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, o grupo apresentou duas performances em um concerto especial e, em 29 de setembro, volta ao palco para uma apresentação na Fundação Scheffel.
“A história da imigração alemã no Vale do Sinos corre junto com a história do Coro Julio Kunz e me sinto muito honrada em fazer parte dela”, ressalta a vice-presidente Cultural da Sociedade Aliança, em Novo Hamburgo, Carmem Helena Kauer.
LEIA TAMBÉM: Fátima Daudt será a única prefeita gaúcha a palestrar em evento em Brasília
A história do Coro Julio Kunz começou em 4 de maio de 1888 por meio de imigrantes e descendentes alemães. Na época, sob o nome de “Gesangverein Frohsinn”, começava uma trajetória marcada pela continuidade e pela preservação cultural. Inicialmente composto apenas por homens e dedicado ao repertório de canções alemãs, o grupo se destacou como um símbolo de saudade e identidade da comunidade alemã no Vale dos Sinos.
Com o passar do tempo, o Coro se tornou referência no canto coral nacional e internacional, e já realizou turnês pela Europa e América Latina. Nos últimos anos, apresentou espetáculos como “Viva o Rabo do Tatu”, “A Noiva do Condutor” e o musical “Serenata – Entre a Luz e as Estrelas”, selecionado para o Porto Verão Alegre em 2024.
Atualmente, sob a regência de Volmir Jung e com Regina Schaumlöffel na técnica vocal, o grupo conta com 50 integrantes. Carmem destaca que a história e a contribuição cultural do Coro Julio Kunz “são testemunhos vivos da rica herança imigrante e do impacto duradouro da comunidade alemã no Brasil”.
A vice-presidente Cultural da Sociedade Aliança, sede do Coro, lembra que passou por muitas fases do grupo: “Algumas exultantes, outras difíceis, com muitas viagens, diferentes projetos, trocas de regentes, cantores que vão, outros novos que vêm, mas com a instituição sempre lá, sólida e em constante renovação, sem nunca deixar de reverenciar o legado dos fundadores alemães e de todos que passaram por aqui nestes 136 anos”, conclui.
LEIA TAMBÉM: Operação cumpre 36 mandados de prisão contra organização criminosa na região