Volnei Campagnoni (PCdoB) tenta nesta quinta instaurar processo contra o chefe do Executivo Municipal
O vereador Volnei Campagnoni (PCdoB) está no centro de uma discussão com o PMDB, seu ex-partido. Ele entrou nesta quarta-feira com um requerimento pedindo a instauração de comissão processante para cassar o mandato do prefeito Jair Foscarini. O requerimento deverá ser incluído na pauta de votação na sessão desta quinta-feira, precisando de 10 votos entre os 14 vereadores para ser aprovado.
O parlamentar promete apresentar documentos que comprovam que o Executivo está impossibilitando que os vereadores exerçam seu papel de fiscalizador das ações do Poder Público municipal, ao não fornecer dados que lhe são solicitados.
Para citar um exemplo, Campagnoni diz que apresentará cópias dos protocolos que comprovam que ele solicitou e não recebeu informações sobre os gastos da administração pública com diárias, entre 2005 e 2007. Também afirma não ter obtido respostas do Executivo com relação ao prazo de validade dos coletes que estão à disposição da Guarda Municipal.
“Tenho informações de que outros colegas legisladores pediram informações atendendo a reivindicações de uma cooperativa de Lomba Grande e infelizmente também não foram atendidos, demonstrando a total falta de respeito do governo municipal com os cidadãos”, acrescenta.
Campagnoni adiantou que pretende reunir apoiadores para cassar o prefeito Foscarini durante a quinta-feira. Ele pretende lembrar aos colegas “tudo que o Executivo está fazendo para desmoralizar o Legislativo e a falta de atenção que tem dispensado aos servidores em geral”. “Vou solicitar que a votação seja nominal e os colegas que concordarem com esta prática nociva contra a casa depois não poderão mais reclamar”, pontua.
Queda de braço
A queda de braço é antiga entre Volnei Campagnoni e seu ex-partido. Em 13 de fevereiro, o vereador comunicou ao PMDB que estava se desfiliando. Em 29 de junho, ele assinou ficha no PCdoB. Já em outubro, o novohamburgo.org apurou que o PMDB estava estudando ingressar na Justiça Eleitoral para buscar de volta o mandato conquistado nas urnas.
Agora, ele diz que não há fundamento na intenção peemedebista de lhe tirar da Câmara. Informa que deixou o partido antes do prazo limite anunciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que era 27 de março, e que permaneceu um tempo sem filiação, antes de atender ao convite do PCdoB.
Campagnoni ainda ressalva que no último dia 17, o Senado teria aprovado a proposta de emenda constitucional que impõe a fidelidade partidária. Porém, lembra que o projeto ainda deve ser analisado em dois turnos no plenário da Câmara para ter validade. A nova preposição só terá validade a partir das eleições de 2008.